Então ai vão os três primeiros colocados e em breve os outros contos estarão disponíveis na comunidade do blog no orkut.
3º - Conto do Roberto
Autor: Diego Henrique Tripicchio
Alguma coisa estranha sempre acontece...Meu amigo Roberto.
Estava eu a percorrer a internet na minha eterna missão de ler o possível sobre fatos sobrenaturais e conhecer o máximo das experiências sobrenaturais dos outros.
Essa pesquisa me levou a vários sites com contos bastante interessantes o que me encorajou a compartilhar com vocês este pequeno fato que posso garantir, é verídico e não apenas mais uma tola estória sobre uma bela garota “fantasma” pedindo carona até o cemitério.
Gostaria de esclarecer que o fato que passo a narrar não aconteceu comigo e sim com a minha mãe.
Ela conta que em sua mocidade sonhava com um rapaz que se apresentava como Roberto; um rapaz de pele clara, cabelos escuros e curtos, olhos castanhos, um olhar doce e jovial, aparentando cerca de 20 anos, alto e sempre, sempre vestido de preto.
Minha mãe dizia ainda que a voz dele era melodiosa e que em nenhum momento teve medo dele.
E passava a sonhar com ele todas as noites e contava pra ele todos os seus segredos.
Minha mãe foi criada com muita rigidez pelos pais que naquela época não eram tão abertos a diálogo.
E este rapaz dos “sonhos” passou a ser o melhor amigo de minha mãe e era para ele que ela contava toda a sua vida, contava como havia sido o seu dia, falava de suas frustrações de seus objetivos e expectativas. E ele como bom amigo interagia com ela, dava conselhos, contava histórias de vivencia... Enfim, era como uma pessoa de verdade.
Mas como era necessário acordar e viver a vida, com o passar dos anos minha mãe foi crescendo e desabrochando. As coisas seguiam seu rumo, ela trabalhava, estudava e eventualmente paquerava e era paquerada, uma coisa mais do que natural visto que minha mãe era uma jovem de uma beleza rara e deslumbrante e até hoje é assim, uma mulher muito bonita.
Mas sempre nos sonhos ela estava à volta com Roberto, o como ela mesmo prefere dizer “Beto”.
Minha mãe então ficou grávida de mim com apenas 19 anos de idade, foi uma gravidez muito difícil e nesse período a força que esse “amigo” dava a ela era fundamental.
Então após muitas complicações eu vim ao mundo. Como as pessoas próximas a mim sabem tenho um grave problema cardíaco e a ausência de um pulmão. Foi uma verdadeira maratona para conseguir que eu continuasse vivendo tamanha a gravidade do meu problema.
Passado esse período crítico na história de vida de minha mãe, que agora se cruzava com a minha história, os sonhos cessaram e ela nunca mais voltou a ver Roberto.
Essa seria uma estória simples e até mesmo um pouco adocicada se não fosse pelo fato de anos mais tarde, com meus problemas de saúde já mais controlados, minha mãe não tivesse encontrado o túmulo do “rapaz de seus sonhos”.
Estava lá dentro do cemitério Nossa Senhora do Desterro, aqui em Jundiaí, perplexa em meio aquele mar de tumbas olhando fixamente para a lápide de ladrilhos marrons onde estava a foto do rapaz que lhe visitava nos sonhos por tantos anos. Era ele mesmo, Roberto, falecido aos 21 anos no dia 20 de julho, o dia exato em que eu nasci. Um arrepio percorria sua espinha enquanto ela lia a placa de bronze onde incrustaram uma homenagem póstuma que dizia que aquele mesmo rapaz havia morrido por conseqüência de uma doença que não era outra senão a mesma que agora o próprio filho dela carregava no peito.
Deste dia em diante minha mãe passou a acreditar que aquela alma de outro mundo sabia do plano que Deus tinha para ela e acalentava os seus sonhos dando forças para evitar que outra mãe chorosa se debruçasse em lágrimas sobre o túmulo de seu filho.
2º - O Espelho do Medo
Autor: Leonardo Martins
Esta historia aconteceu com o amigo, do amigo, do tio, do primo, do irmão do meu amigo.Ha alguns anos, a morte de um rapaz causou muita discussão e medo em minha cidade. Um rapaz com a fama de corajoso, foi encontrado morto em frente ao espelho de seu quarto. O laudo médico diagnosticou parada cardíaca. No local foi encontrado uma vela quase no fim, e o mais estranho, uma mensagem riscada no espelho “Mate-me”.
Várias pessoas disseram que sua morte na verdade foi um suicídio, influenciado por uma entidade chamada “A garota do Espelho”.
Reza a lenda que à muitos anos havia uma linda garota que por um azar do destino ficou grávida muito cedo e foi abandonada pelo namorado.
Ela o amava, haviam feito planos, casariam, teriam uma filha linda com o nome de Clara, mas tudo era uma triste ilusão.
Sua barriga crescia e todos já notavam. Seu pai começou a desconfiar, até que um dia acabou descobrindo.
Uma mãe solteira, na época, era muito mau vista pela sociedade. O pai transtornado espancou a própria filha, e com medo de manchar sua reputação trancou a menina dentro de casa.
Sempre ao entardecer ela era espancada pelo pai. Ele chegava em casa bêbado e descontava a raiva que sentia na garota. Um dia, cansada de apanhar, ela escutou o pai chegando tarde da noite, pegou uma vela e se trancou dentro do guarda roupas. E assim foi por semanas. Num surto depressivo, ela se bateu tentando tirar a vida do próprio filho.
Ela se auto-mutilava, sentia raiva, culpava o filho pelo inferno em que vivia.
Com medo e isolada do mundo não havia ninguém por ela, apenas sua triste imagem refletida no espelho. A necessidade de desabafar com alguém, fez com que ela passasse horas conversando consigo mesma em frente ao espelho. Toda noite ela pegava uma vela e se escondia dentro do guarda roupas, e passava a noite inteira conversando... Fez de seu reflexo uma outra personalidade, antes era apenas ela que conversava, e o espelho a ouvia atenciosamente, mas agora as perguntas que fazia começaram a ser respondidas.
O espelho inanimado agora estava vivo. A garota tinha uma curiosidade, afinal qual era seu nome? Mas o reflexo nunca respondeu. Sua barriga já não crescia mais, porém nem se importava afinal ganhou uma nova amiga.
Um dia, seu pai chegou em casa furioso, ela não ouviu ele chegar. Novamente, foi espancada.
Mas dessa vez a surra machucou-a bastante, reuniu suas ultimas forças e correu para o guarda roupas. Acendeu a vela e começou a chorar. Sangrava muito, seu pai estava quase quebrando o guarda roupas com vários chutes.
Ela olhou para o espelho e ouviu uma voz dizendo: “mate-me”. Ela se assustou ainda mais na Segunda vez: “mate-me”... Com um chute bem forte, dado pelo pai, o espelho rachou caindo um pedaço no chão. Pela terceira vez ela ouviu: “mate-me”, assustada, perguntou quem era... “Clara...” respondeu... o mesmo nome que daria a sua filha não nascida. Ela pegou o pedaço do espelho no chão e cravou em sua própria garganta.
Esta história ficou famosa como um dos testes de coragem mais medonhos que existe.
Qualquer um pode fazer este teste, como eu mesmo já fiz. Se não tiver, coloque um espelho no guarda roupas, ou vá ao banheiro mesmo, acenda uma vela ou uma lanterna, coloque logo abaixo do queixo (perto do peito), fique de frente para o espelho e olhe fixamente. Preste muita atenção no seu rosto e fisionomia... é incrivelmente assustador.
NUNCA, MAS NUNCA MESMO DIGA OU PENSE NA FRASE “MATE-ME” OU NO NOME “CLARA” quando for fazer o teste. Se não, a próxima história que estarei contando aqui será a SUA!
TEM CORAGEM?
1º - Alma de Boneca
Autora: Giovanna Carla Papa
Próximo à saída de uma pequena cidade, viviam uma mãe e uma filha. Ambas haviam se mudado havia pouco menos de um mês, portanto ainda estavam a se habituar com tudo, pois a cidade também era novidade para elas.Numa manhã nublada, Stella, a garotinha de oito anos, desceu empolgada as escadas, carregando algo consigo para o café da manhã, dizendo que trouxera uma amiga, chamada Anne, para acompanhá-las na refeição. A mãe, que se ocupava na pia fazendo um suco, pensou que fosse alguma boneca antiga da garota e não se importou, mas, ao voltar-se para a mesa, surpreendeu-se com o que vira.
Stella colocava na cadeira em frente a sua uma boneca um pouco menor que ela, uma boneca que Christina jamais havia visto entre os brinquedos da filha. Não possuía cabelos, parte de sua pele e rosto estavam desbotados, deixando impossível ver seus olhos.
Curiosa, a mãe indagou a filha onde ela encontrara a boneca, e assustou-se ao obter a frase “No sótão” como resposta de Stella, já que o sótão encontrava-se trancado desde que chegaram a casa, pois o corretor não lhes entregara a chave, dizendo que a perdera. Então como a filha subira? “A porta estava aberta...”, foi a resposta que Christina recebera ao perguntar à garotinha sobre seu acesso ao local. Mas preferiu não encher a filha de perguntas e deixou passar.
No entanto, os dias que se seguiram foram aterradores. Stella apegara-se completamente à boneca, mesmo esta sendo feiíssima comparada às lindas que a menina já possuía. Christina a flagrara várias vezes conversando com Anne, incomodando-se quando a criança distorcia a própria voz para fazer como se o brinquedo respondesse, e perdendo seu olhar em algum ponto do rosto desbotado de Anne.
Além disso, Stella começou a adoecer gradativamente, sua pele ia perdendo a cor, bem como seus olhos, então verdes começaram a desbotar, fazendo com que a garota perdesse a visão aos poucos, e suas longas madeixas castanhas iam caindo quase que constantemente. Nenhum médico conseguia diagnosticar o que a menina tinha, já que seus exames se mostravam perfeitos.
Mesmo assim, a menininha parecia não se importar, ocupava-se em ficar com sua boneca, que agora começava a ganhar mais cor, enquanto seus olhos tomavam forma, dizendo que ela estava “Se preparando para se tornar real...”.
E uma noite, aconteceu. Christina acordou com um estranho barulho, e encontrou Stella parada na parede oposta à cama de sua mãe, com as sombras cobrindo seu rosto. A menina começou a falar coisas sem nexo, dizendo que a Stella “Não estava mais ali...” e que ela não teria que se preocupar com sua nova filha...
Paralisada por aquelas palavras, Christina implorou para que sua filha parasse de brincadeiras e voltasse a dormir, enquanto assistia à garota cambalear até a cama da mãe, como se estivesse aprendendo a andar:
- Eu já disse... Mamãe... – Sussurrou a menina, com uma voz distorcida, enquanto subia na cama – A Stella não está mais aqui...
Ao dizer aquelas palavras, seu rosto encontrou-se com a luz do luar, revelando um rosto pálido, com parte de sua face pálida como cera, com algumas veias arroxeadas à mostra, enquanto outra parte parecia ser consumida aos poucos por uma pele de cor mais escura. Um de seus olhos estava totalmente branco, e o outro ganhava uma tonalidade verde, como os olhos de Stella.
Christina soltou um grito de pavor, que logo se calou na noite.
Na manhã seguinte, o corpo de uma mulher fora encontrado no sótão de uma casa na saída da cidadezinha. Uma cruz invertida estava afundada em seu peito, e seus olhos haviam sido arrancados. Todas as digitais pertenciam à mulher, e, embora houvesse marcas de sapatos de criança no chão do local, nenhuma fora encontrada. Testemunhas afirmam terem visto uma garota de longos cabelos castanhos e olhos verdes em várias partes da cidade nos dias que se passaram, mas, em cada versão, a boneca que ela segurava ia mudando. O que antes era descrito como um “esqueleto” de madeira se tornou uma boneca de cabelos louros e vestido verde... Exatamente a mesma descrição de uma garota que desaparecera dois dias após o crime na casa.
Bons pesadelos...
15 comentários:
Engraçadinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
eu não tava em casa ok, por isso pedi pra vc posta =p
Abusa pq gosto d vc ;)
Bons contos :awe:
Parabens pra os ganhadores e pros organizadores dissáê, agora vo dormir... Só espero que não apareça uma boneca pra puxar meu pé.
Flw. vlw.
Alguns arrepios. Adorei. =D
vc é preguiçoso = fato
muito baun
+ ou -........ sério......... sem querer fazer raiva a ninguém.... mas já vi melhores........... axo q devem ter sido poucos contos q mandaram........
Mereceram ganhar!
Eu não vi nenhuma overdose de reticências, ou internetês, nos contos vencedores, então acho que tá valendo.
Serião, gostei bastante.
Eu tenho neura com espelhos, então não li todo esse... também tenho neura com bonecas, mas acabei lendo o último! x_x Enfim, ótimos.
O segundo é bem tosquinho, achei que o terceiro deveria ter pego em segundo. O primeiro é realmente muito bom.
Acho o contrário... o conto do roberto deveria ter levado o prêmio máximo.
O primeiro muito "clichê" uma boneca que parece viva... todo mundo já ta cansado...
nossa, adorei
muito legais, todos bem escritos, o da boneca parece tirado de algum lugar, mas é legal tambem...
tambem nao gosto muito de espelhos...rsrsrs...ficar com uma lanterna na cara na frente de um então, fora de questão...rsrsrs
Meu nome é Aline e sou nova por aqui!
Puxa... e eu fiquei fora desta promoção... que raivaaaa!!!
Os contos ficaram 10! Sinceramente eu adorei o conto n° 2, achei assustador! Eu comecei a fazer o teste citado no conto mas fiquei com medo! cruzes... rsrsrs
Poxa vida!!
Fazia tempo que eu estava sem poder entrar na internet em circunstância de uns contratempos aqui em casa... E qual foi minha surpresa quando entro aqui e vejo meu conto publicado!
Nem preciso dizer que a minha primeira reação foi correr como um maricas gritando "MÃE, TÔ NO MEDO B".
Fico muito feliz com a avaliação positiva do meu conto e isto serve como um combustível de foguete para eu continuar prodizindo cada vez mais coisas!
Obrigado a todos que votaram e muito obrigado ao Medo B pela honra!
Postar um comentário