19 de setembro de 2009

Serial Killers - David Berkowitz

Berkowitz nasceu com o nome de Richard David Falco em Nova Iorque. Sua mãe, Betty Broder, foi casada com Anthony Falco e eles tiveram uma filha antes de se divorciarem, depois disso ela teve um caso com um homem casado chamado Joseph Kleinman e engravidou. Kleinman teria sugerido o aborto mas ela teve o filho e registrou Falco como o pai.
Com uma semana de idade, a criança foi adotada pelo casal de lojistas Nathan e Pearl Berkowitz, que mudaram seu nome e lhe deram o sobrenome da família.
John Vincent Sanders escreveu que na infância, Berkowitz tinha uma inteligência acima da média mas perdeu o interesse pelas aulas e mostrava tendências piromaníacas. A mãe adotiva de Berkowitz morreu de câncer aos trinta anos e ele não gostou da segunda esposa de seu pai. Ele contou que sua madastra tinha interesse por bruxaria e ocultismo.
Em 1974 Berkowitz encontrou sua mãe verdadeira, Betty Falco. Em poucas visitas ele soube da sua concepção ilegítima e o nascimento, o que aumentou seus distúrbios. Ele se afastou da mãe mas manteve contato com sua meia-irmã, Roslyn.


Vítimas


Berkowitz declarou que o primeiro ataque a uma mulher ocorreu em 1975. Ele esfaqueou uma religiosa. Essa vítima nunca foi identificada mas uma outra, Michelle Forman, foi seriamente machucada e teve que ser internada em um hospital.


Donna Lauria e Jody Valenti
Por volta da uma da manhã de 29 de julho de 1976, Mike e Rose Lauria retornavam para o seu apartamento em após jantarem fora. A filha Donna, 18, e a amiga dela Jody Valenti, 19, estavam no veículo dos Valenti do lado de fora da casa. Mike Lauria concordou que o cachorro poodle da família ficasse com elas. Ele teria visto um homem dormindo num carro amarelo estacionado do outro lado da rua. Os vizinhos também avisaram a polícia sobre um carro dessa cor rondando a área, horas antes dos disparos.
Depois que seus pais entraram, Donna Lauria abriu a porta do carro e viu um homem se aproximando rapidamente. De um saco de papel que carregava, ele tirou um revólver e o disparou por três vezes. Donna recebeu uma bala que a matou quase instântaneamente, Valenti levou um tiro na perna e a terceira bala se perdeu. O atirador fugiu.
Valenti, que sobreviveria aos ferimentos, disse que não reconhecera o assassino. Ela o descreveu como um homem branco de 30 anos, de cabelo curto. Essa descrição batia com a de Mike Lauria do homem que estava no carro amarelo.
Detetives da Oitava Delegacia de Homicídos de Nova Iorque recolheram poucas pistas. A mais importante foi a de que a arma usada era uma Charter Arms Bulldog calibre .44, um revólver poderoso de cinco tiros para ser usado à curta distância.
A polícia seguiria duas hipóteses: a de que o atirador fosse um admirador secreto da popular Donna ou que o atirador se enganara e atingira a pessoa errada. Os vizinhos tinham vistos recentes atividades mafiosas e a polícia achava que Mike Lauria tivesse algum envolvimento com o crime organizado.
Berkowitz disse que deu os tiros e que os membros do culto o qual se juntou na primavera que usava drogas, praticava pornografia sádica e cometia crimes violentos. participaram do crime, vigiando e seguindo as vítimas.


Carl Denaro e Rosemary Keenan
Na madrugada de 23 de outubro de 1976, ocorreu outro tiroteio, dessa vez no Queens. Carl Denaro, 25, e Rosemary Keenan, 38, estavam estacionados quando por volta da 1:30, a janela do carro foi estilhaçada e o casal ouviu vários disparos. Denaro e Keenan não viram quem deu os tiros. Denaro foi atingido na cabeça e Keenan ficou ferida superficialmente pelos estilhaços.
A polícia encontrou balas de calibre .44 mas as deformações impediram a identificação da arma. Denaro tinha cabelo comprido e a polícia especulou que o assassino pudesse tê-lo confundido com uma mulher. O pai de Keenan era um policial veterano e aprofundaria as investigações. Como no caso Lauria-Valenti, não havia motivo para os disparos e a polícia fez poucos progressos.
Berkowitz mais tarde contaria que ele observara e ajudara no crime mas quem atirara em Denaro fora uma mulher da qual ele não sabia o nome. As vítimas teriam sobrevivido em função do atirador não estar familiarizado com a .44 Bulldog.


Donna DeMasi e Joanne Lomino
Na noite de 26 de novembro de 1976, Donna DeMasi, 16, e Joanne Lomino, 18, voltavam para casa depois do cinema e ficaram do lado de fora da casa de Lomino, num lugar iluminado pela luz da rua quando um homem alto, louro-escuro e de olhos negros e usando um uniforme militar se aproximou e ficou próximo das garotas.
DeMasi e Lomino acharam que ele estava perdido e iria perguntar sobre a direção a tomar. Até que sacou um revólver e atirou em cada uma das garotas uma vez. Enquanto elas estavam caídas, ele faria outros disparos. Os vizinhos ouviram o barulho e um dos moradores avistou o atirador louro correndo com uma pistola na mão esquerda. DeMasi e Lomino ficaram internadas com vários ferimentos: Lomino ficou paraplégica mas DeMasi se recuperou.
Baseados no testemunho de DeMasi, Lomino e dos vizinhos, a polícia começou a procurar um homem louro. A arma foi identificada como uma .44. Berkowitz disse que quem atirou foi o membro do culto John Carr e que um policial de Yonkers estava envolvido no crime.


Christine Freund e John Diel
Na madrugada de 30 de janeiro de 1977, um casal de noivos, Christine Freund, 26, e John Diel, 30, estavam dentro do carro de Diel, preparando-se para ir a uma casa de dança após terem saido do cinema.
Três balas atingiram o carro por volta da meia-noite e meia. Em pânico, Diel dirigiu em busca de ajuda. Ele recebeu ferimentos superficiais mas Freund levou dois tiros. Ela morreu poucas horas depois no hospital. Não viram quem os atacou.
A polícia determinou o uso da Bulldog .44. Foi feito o primeiro anúncio público sobre as similaridades desse ataque com os outros dois e que poderiam haver conexões entre eles; foi dito sobre o calibre .44 e que as vítimas eram mulheres jovens, com cabelos longos e escuros, atacadas em carros estacionados e com acompanhantes.


Virginia Voskerichian
Por volta das 7:30 da noite de 8 de março de 1977, a estudante Virginia Voskerichian, 19, estava voltando para a casa da escola. Ela morava próxima ao lugar do ataque a Christine Freund. O ataque a Voskerichian difere dos outros do “Filho de Sam”. Ela estava sozinha e o horário era diferente.
Não houve testemunhas diretas do assassino de Voskerichian. Ela tinha tentado se proteger colocando os livros na frente do rosto, mas a bala atravessou e atingiu sua cabeça, matando-a. Ao ouvirem os disparos, os vizinhos correram para o local e viram uma pessoa que descreveram como um garoto de 16 a 18 anos de idade e sem barba, usando um boné.
Berkowitz contou que ele esteve na cena do crime de Voskerichian, mas que a atiradora fora uma mulher de Nova Iorque. Disse ainda que esse ataque foi para confundir a polícia.


Alexander Esau e Valentina Suriani
Na madrugada de 17 de abril de 1977, Alexander Esau, 20, e Valentina Suriani, 18, estavam no Bronx, a poucos quarteirões da cena do crime de Lauria-Valenti. Por volta das três da manhã, cada um deles foi atingido duas vezes. Suriani morreu no local e Esau foi levado ao hospital, mas morreu sem poder descrever quem os atacara.
Nos dias que se seguiram, a polícia repetiu a teoria de que apenas um homem fora o responsável pelos assassinatos com a calibre .44.
Berkowitz afirmou ter sido o responsável pelas mortes de Esau-Suriani.


Sal Lupo e Judy Placido
Em 26 de junho de 1977, o casal estava no carro quando foram feitos três disparos na lataria. Os ferimentos foram superficiais. Berkowitz disse que o membro do culto Michael Carr fora quem atirara. Contou que os membros cultistas queriam atirar em alguém que frequentava a discoteca Elephas por acharem que o local fazia referência ao trabalho do ocultista do século XIX Eliphas Levi, estudado por eles.


Stacy Moskowitz e Robert Violante
Em 31 de julho de 1977 no Brooklyn, o casal estava no carro estacionado de Violante. Quando se beijavam, um homem se aproximou do lado do passageiro e atirou dentro do carro, acertando os ocupantes na cabeça. Depois fugiria para o parque. Moskowitz morreu horas depois e Violante sobreviveu cego de um olho e com a visão do outro afetada. O cabelo dela era curto e louro. Os disparos foram testemunhados por Tommy Zaino, 19. . Uma mulher chegou a informar uma placa do carro do assassino e outras testemunhas apareceram, sendo o caso com o maior número delas até então. Berkowitz disse que o atirador fora um amigo de John Carr, recém-chegado da Dacota do Norte.


Cartas


Numa rua próxima dos assassinatos de Esau-Suriani, um policial descobriu uma carta escrita à mão, endereçada ao capitão da NYPD Joseph Borrelli.
O autor da carta admitia ser um monstro e dizia ser o "Filho de Sam". Dizia que Sam gostava de beber sangue para se manter jovem e o ordenava para "sair e matar" ("Go out and kill"). "Papa" Sam o mantinha preso no sótão e com isso ele via o mundo pela janela, sentindo-se um desajustado. Para parar de cometer assassinatos tinha que ser morto. Ele não queria matar mais, mas o fazia em honra de seu pai. Desejava uma feliz Páscoa para os moradores do Queens.
A descoberta da carta foi anunciada mas o conteúdo permaneceu em segredo. Em um trecho sobre ataque cardíaco, foi lembrado pela polícia que Lauria era uma técnica médica e Valenti estudava enfermagem.
Já em 30 de maio de 1977, o colunista do New York Daily News recebeu uma carta manuscrita de alguém que se dizia o assassino da .44. A carta foi postada em 30 de maio e trazia a pergunta "What will you have for July 29?" interpretada como uma ameaça de crime no aniversário da primeira aparição do assassino.
A carta foi publicada uma semana depois no Daily News causando pânico na cidade, a policia recebeu centenas de denúncias, provavelmente sem bases. As mulheres de cabelos escuros passaram a pintá-los de outra cor e aumentou a procura por perucas. Durante um dos verões mais quentes registrados, o povo permaneceu dentro das casas à noite.


Prisão


Como providência a polícia investigou 56 proprientários de .44 Bulldog e os testes não localizaram a arma. Também foram colocados agentes disfarçados de amantes em carros estacionados em áreas isoladas da cidade.
Na noite em que Moskowitz e Violante foram atingidos, Cacilia Davis, que morava próxima da cena do crime, viu Berkowitz rondando na vizinhança e retirar o bilhete de multa do seu Ford Galaxie amarelo. Dois dias depois ela foi à polícia.
Apesar de negar, a polícia tratou Berkowitz inicialmente como uma possível testemunha e não um suspeito. Isso mudou em 9 de agosto de 1977, sete dias após Cacilia Davis te contado sobre o homem com a multa. O detetive James Justis telefonou para a polícia de Yonkers para perguntar pelo bilhete e sobre Berkowitz. O sargento Mike Novotny disse que a polícia dali suspeitava de Berkowitz, ligando-o a crimes em Yonkers que tinham sido mencionados nas cartas do Filho de Sam. Para a surpresa da NYPD foi falado que Berkowitz poderia ser o Filho de Sam.
No dia seguinte, a polícia investigou a rua e o carro multado de Berkowitz. Foi encontrado um rifle Commando Mark III, munição, mapas das cenas dos crimes e uma carta para o sargento Dowd da Força-Tarefa Omega, com mais ameaças de assassinatos. A polícia esperou por Berkowitz sair do apartamento onde morava. Ele saiu as 10 da manhã, carregando a .44 Bulldog num saco de papel e então foi detido em frente ao seu apartamento em 10 de agosto de 1977.
A polícia revistou o apartamento e encontrou grafites satânicos nas paredes. Havia também um diário.
Durante o julgamento os policiais foram questionados pela revista do carro ter sido ilegal. A posse do rifle também seria legal no Estado de Nova Iorque. Durante os interrogatórios, Berkowitz disse que o mencionado "Sam" era Sam Carr, um vizinho. Berkowitz declarou que o cão labrador negro de Carr, Harvey, fora possuído por um antigo demônio e que através dele a entidade o ordenava assassinar. Berkowitz disse que uma vez tentou matar o animal mas fracassou por interferências sobrenaturais.
Em 12 de junho de 1978, o assassino foi condenado a cumprir pena na prisão por seis homícidios, ou 365 anos..
Em 1979 sofreu um atentado à faca na prisão e se recusou a identificar o agressor mas sugeriu que o culto estava por trás. Ele ficou com uma cicatriz na garganta e em 1987 se reconverteu ao Cristianismo. Desde então ele tenta conseguir liberdade condicional.
Em seu perfil psicológico foi descrito como um neurótico e provavelmente paranóico e esquizofrênico, que acreditava ser vítima de possessão demoníaca.


Bons pesadelos...

13 comentários:

Gisele disse...

FIRST!

Otimo texto pequena estrela, mas eu achei uns erros de concordância:

"Keenan ficou ferido superficialmente" - Como assim "ficou ferido" se o primeiro nome de Keenan é Rosemary?

"Violante sobreviveu cega de um olho" - como assim "cega" se o primeiro nome de Violante era Robert?

Joyce disse...

Adorei muito interessante. Parabens pequena estrela!Há nem reparei nos erros de concordancia tava tao entertida com a historia q nem pretei atenção adorei!!!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Mtu interressante.. estou adorando

Rebeca disse...

Muito bom! (:

pequena estrela disse...

erros devidamente corrigidos gisele. ;)
fossa na sexta à noite.. sabe como é!

Vai Assistindo ADM disse...

aqui é o postadora do Vai Assistindo, estou passando pra dizer que te indiquei para um 'selo de qualidade'! Entra lá no Vai Assistindo e pegue seu prêmio! xD

Rebeca disse...

Ele era feio, ne? (desculpa, é que comentários fúteis são necessários às vezes, HAUSSAHSAUHSUI!)

Cahssia disse...

Eu já vi um filme com essa historia,mas não lembro o nome.
Parabéns muito bom (y)

Anônimo disse...

parabens, realmente deixe nos apar desses pedaços de esperma mal resolvidos..

Lili Willis disse...

ahahahahahha
q bizarro esse cara...controlado por um labrador!!@@

hehe q tosco

Pensamentos Insanos disse...

Nossa....eu sinceramente amei esses posts!!!Tão bem detalhado...
E sou fissurada por essas historias de SK...Não pare!
Valeu moça ou moço...rs!
Bjs

Anônimo disse...

muito bom esse post