9 de maio de 2010

O Lençol - Mário Carneiro Jr.

Todos já conhecem aqui o Mário(que faz as resenhas dos livros). Dessa vez ele aparece aqui não para criticar, mas sim para mostrar uma de suas histórias, e deixar agora a crítica por conta de vocês... Leiam esse conto, prefiro não falar nada para não influenciar, depois comentem o que acharam...

Ele chama esse conto de...







Boa noite, minha querida. Já está confortável debaixo de suas cobertas? Bom, então vou contar a história que prometi.

Aconteceu quando eu tinha mais ou menos sua idade, uns doze anos, quase treze. Eu dormia exatamente como você, sabia? De barriga pra cima e coberto da cabeça aos pés. Meu pai dizia que eu ficava parecendo um morto no necrotério. Ah, papai... Foi por causa dele que tivemos que sair de Curitiba e nos mudar pro interior. Motivos profissionais.

Bom, a cidadezinha era legal até, muito bonita e arborizada, tinha bastante espaço pra andar de bicicleta e tudo mais. Mas também tinha lá seus problemas, tipo, no começo as pessoas olhavam pra mim como se eu fosse um alienígena. Nada pessoal, qualquer um que vinha de fora recebia o mesmo tratamento caloroso. Demorei pra fazer amigos e... Ah, eu já contei isso antes, né? Esquece, vamos voltar ao principal.

O maior problema daquele lugar era o clima, muito mais quente do que eu estava acostumado. As noites abafadas não traziam alívio. Eu queria deixar o ventilador ligado no máximo em minha direção, mas mamãe não deixava. Dizia que eu ficaria doente, então me obrigava a mantê-lo virado pro outro lado, apenas para circular o ar. Estávamos sem dinheiro para comprar um ar condicionado, e ficar com a janela aberta estava fora de questão. Mania de cidade grande, deixar tudo fechado.

Continuei dormindo do mesmo jeito, todo encoberto. Eu já não acreditava que algo agarraria meu tornozelo se ele ficasse para fora, porém o hábito de infância estava enraizado. Pra não morrer cozido, tive que substituir os cobertores por um lençol. Mesmo assim ainda esquentava bastante, eu dormia mal e acordava encharcado de suor.

Então, numa noite que fazia a gente acreditar em coisas como combustão humana espontânea, resolvi largar aquele hábito idiota de uma vez por todas. Porém, ficar com o corpo inteiro descoberto seria um passo muito grande, então deixei apenas a cabeça e os braços para fora. Aliviou o calor um pouquinho. Já era alguma coisa, mas por outro lado, comecei a me sentir incomodado, vulnerável. Como não precisaria acordar cedo na manhã seguinte – era noite de sábado pra domingo – resolvi insistir naquilo, até que finalmente consegui.

Consegui perder o sono.
Fiquei deitado de olhos abertos, pensando em como a vida podia ser um chute no saco de vez em quando. E assim fiquei durante um tempão, até perceber um movimento vindo do armário. Parecia que uma das portas estava se abrindo.

De início, achei que era um vento mais forte passando entre as frestas da janela, mas as cortinas estavam paradas. Fiquei olhando na direção da porta como se estivesse hipnotizado, a abertura ficando cada vez maior. Comecei a ficar com medo, e me cobri inteiro com o lençol.

Não é nada, pensei, isso acontece de vez em quando. Portas que não estão bem fechadas acabam se movimentando sozinhas. Sim, eu repetia esse pensamento sem parar, mas não conseguia afastar aquela impressão cada vez mais forte.

A sensação de que alguém havia saído de dentro do guarda-roupa, e agora estava parado ao meu lado.
Fiquei imóvel, tentando não respirar ou emitir qualquer som, o coração batendo tão forte que chegava a ser doloroso. Assim permaneci durante um bom tempo, até a sensação acabar.
Não tive coragem de conferir se aquilo havia ido embora. Só quando a luz da manhã atravessou as fissuras da janela, consegui adormecer.

Acordei com minha mãe chamando para almoçar. Tirei o lençol do rosto e olhei pra porta que havia visto se abrir durante a noite. Estava fechada. Puxei-a após um momento de hesitação, e como você deve imaginar, não havia nada ali dentro. Minto, havia camisetas e calças penduradas, nada que me deixasse propenso a fugir gritando. À luz do dia, foi muito fácil concluir que havia imaginado tudo.

Quando a noite chegou, eu já não tinha tanta certeza.
Mas não podia falar nada pros meus pais. Papai me daria uma bronca, afinal eu estava velho demais pra ter medo do bicho-papão, e mamãe confiscaria todos os meus gibis de terror. Aqueles antigos, sabe, tipo “Histórias Reais de Drácula” ou “de Lobisomem”... Mais uma vez revistei o armário inteiro, à procura de qualquer coisa estranha. Não encontrei nada, e pra mim estava ok.
Apaguei a luz e fui pra cama, me cobrindo todo. Tá, não havia nada para me preocupar, mas já havia perdido a vontade de abandonar o costume. Além disso, aquela noite estava menos quente, dava pra dormir numa boa. Dormi mesmo, só que acordei com sede durante a madrugada. Sempre deixava um copo de água no criado mudo, mas agora estava meio receoso de estender o braço para pegar. Fiquei nessa dúvida até a secura em minha garganta se tornar insuportável, então tirei o lençol do rosto e olhei pro armário, só pra me certificar que estaria fechado.
Não estava.

Fiquei imóvel, olhando para a porta até meus olhos se acostumarem com a escuridão. Sim, não havia dúvida, estava entreaberta, mas e daí? Dessa vez eu não estava assustado! Bom, não muito. Sentei na beirada da cama e fiquei parado por alguns momentos, tomando coragem para ficar em pé e fechar aquele maldito guarda-roupa. Isso acabaria com meu medo de uma vez por todas. Respirei fundo e levantei, caminhando rápido até o móvel aberto.
Quando comecei a empurrar a porta, uma mão pálida saiu lá de dentro e tentou agarrar meu pulso.

O que aconteceu no instante seguinte eu não lembro. Lembro apenas de estar novamente em minha cama, escondido embaixo do lençol. Sim, teria sido mais inteligente correr até o quarto dos meus pais, mas naquela hora não pensei em mais nada, estava aterrorizado. De maneira frenética, testei com os pés se o lençol ainda estava bem preso embaixo do colchão, e cerrei os punhos sobre a beirada que cobria minha cabeça. Antes que tivesse tempo de negar o que havia visto, senti que o fantasma vinha em minha direção. Não, não estava vendo ele, mas sua presença era tão intensa que dava no mesmo. Eu queria gritar, mas estava paralisado.

Aquilo estava chegando cada vez mais perto, com os braços estendidos.
Minha bexiga se soltou, acrescentando vergonha ao terror absoluto. Cerrei os dentes, esperando o momento em que aquelas mãos de cadáver iriam me arrastar pra fora da cama. Elas já estavam a centímetros do meu pescoço...
E então pararam.
A coisa ficou imóvel durante um longo tempo, depois afastou os braços e começou a caminhar ao redor da minha cama.

Procurava alguma coisa, talvez uma parte desprotegida.
Isso me deu esperanças, achei que se estivesse totalmente coberto, a assombração não conseguiria me pegar. E assim esperei, na expectativa, a garganta tão seca que chegava a doer. Eu tremia e soluçava baixinho, rezando para aquilo ir embora. Se funcionou eu não sei, pois em algum momento perdi os sentidos.

Acordei na manhã seguinte, com meu pai chamando para ir à escola. Pulei da cama e o abracei, chorando, sem me importar se levaria bronca ou não. Criança é tão boba... É óbvio que meu pai não brigou comigo, apenas me abraçou bem forte e perguntou o que havia acontecido. Mamãe também despertou e fomos todos pra cozinha, onde contei tudo. Nossa, eles foram tão legais, me acalmaram e disseram que havia sido um pesadelo, essa coisa básica, mas em compensação não me trataram como aqueles pais idiotas dos filmes de terror, que negam tudo até ser tarde demais. Deus, como sinto saudades deles...

Revistaram o quarto junto comigo, e nem falaram nada sobre o cheiro de urina em minha cama e pijama. Claro, não encontramos nada de anormal, mas eu ainda estava alarmado. Mamãe disse que eu poderia dormir com eles até meu medo passar. Adivinha se não aceitei?

Como não compartilhavam da minha mania de dormir coberto, tive que me enrolar inteiro no meu lençol. Papai disse que eu já não era mais um morto no necrotério, e sim uma múmia. Bom, você pode achar que tudo ficou bem, agora que eu estava no meio de dois adultos, certo? Quem me dera.

Naquela mesma noite, o fantasma retornou.
Saiu do guarda-roupa dos meus pais, provocando um rangido abafado na dobradiça, depois ficou me rondando com avidez. Aterrorizado, comecei a dar cotoveladas na minha mãe, tomando cuidado para não sair do meu casulo. No momento que ela acordou, senti aquilo indo embora. Mamãe acendeu o abajur, olhou pelo quarto – o armário estava fechado de novo - e me garantiu que não havia nada ali.
Assim que ela voltou a dormir, escutei aquele rangido de novo. Acordei-a de novo e tudo se repetiu, com a diferença de que agora havia uma leve impaciência em sua voz. Tentei despertar meu pai na outra vez, mas ele tinha um sono pesado demais. Resignei-me e esperei quietinho, até a aparição desistir.

Aquilo se repetiu por muitas noites. Meus pais insistiam que eu estava sonhando, ou então era o medo me fazendo ver coisas que não existiam. O medo podia fazer a manga de uma camisa ficar parecida com um braço, que tentava puxar a gente para um lugar escuro. Fazia sentido pra eles, e eu me desesperava por não poder provar que estavam errados.

Comecei a sofrer de insônia, queria que a luz ficasse acesa, me recusava a voltar ao meu quarto. Meus pais foram ficando cada vez mais preocupados, achando que aquela fase não era tão passageira quanto supunham. Fizeram minha vontade e tiraram o guarda-roupa do quarto deles. Eu lembro bem dessa noite, porque fiquei mais relaxado e até me arrisquei a dar uma espiada fora do lençol. O abajur estava aceso e fiquei passando os olhos por todo o recinto, na expectativa. Estava quase me cobrindo de novo, quando percebi alguém escondido atrás da cortina.
Ah, dessa vez eu consegui gritar. E como.

É óbvio que não havia nada lá quando meus pais acordaram, e no dia seguinte, me levaram a um psicólogo. Ele disse umas coisas interessantes, que eu estava estressado com a mudança de ambiente e com a solidão, além disso era normal ter medo naquela idade. À medida que fosse crescendo, meu temor iria diminuir de forma gradativa. Nisso ele estava certo, mas demorou algum tempo.

Todas as noites antes de deitar, eu precisava conferir obsessivamente se meu cobertor estava bem preso embaixo do colchão, com medo que se soltasse durante a noite. Nos mudamos de casa e eu ganhei um quarto sem móveis ou cortina, apenas minha cama. Desolado, descobri que o visitante noturno não precisava de nada disso para me encontrar, embora tivesse uma estranha preferência por guarda-roupas.

As noites de terror só acabaram quando comecei a tomar remédios para dormir. Coisa forte mesmo, tarja preta. Logo que eu engolia os comprimidos, corria pra cama e me enrolava em meu escudo de tecido, então esperava aquele doce torpor me envolver.

Os meses foram passando e arranjei alguns amigos. Aquela história de “medo pregando peças” parecia cada vez mais verossímil. Os anos vieram sem eu perceber, minha voz engrossou e comecei a me interessar pelas garotas.

O fantasma era apenas uma lembrança distante quando comecei a diminuir a medicação.
Ainda acordei algumas madrugadas com a impressão de não estar sozinho, porém era bem mais tênue dessa vez. Bastava pensar em outra coisa, e aquilo acabava. Meu temor foi enfraquecendo aos poucos, então um dia, sem mais nem menos, a sensação acabou para sempre.
Eu havia crescido.

Continuei dormindo todo encoberto, mas isso era novamente um hábito, não uma compulsão. Entrei na faculdade e fui morar numa república de estudantes. Agora, eu só lembrava das minhas aventuras de infância quando alguém da roda começava a contar histórias de terror. Eu contava minhas experiências - sempre omitindo o fato de ter mijado na cama - e meus relatos faziam bastante sucesso. Mas eu acho que a Carol nem prestou atenção. Ela era minha namorada na época, e foi ela que levantou meu lençol na primeira noite que passávamos juntos. Lembro de acordar meio sonolento com ela perguntando “por que está dormindo desse jeito, seu bobo?”.
O fantasma agarrou meu pescoço antes que eu tivesse tempo de responder.

Puxou-me pra fora da cama e começou a me arrastar em direção à porta do armário, num pesadelo cego de luzes apagadas. Minha namorada berrava de forma histérica, sem entender o que estava acontecendo. Eu esperneava e lutava em pânico, sem conseguir me livrar dos dedos gelados que esmagavam minha traquéia. Ainda tentei me segurar na beirada do guarda-roupa. Farpas entraram na minha mão e duas ou três unhas se quebraram, sendo arrancadas da minha carne. Nem me importei com a dor, só queria escapar.

Não adiantou.
Quando senti o tecido das roupas deslizando por meu rosto, desmaiei.

Desmaiei ou morri.

Não sei quanto tempo fiquei inconsciente, só lembro que quando abri os olhos, havia apenas escuridão. No instante seguinte, escutei o grito da assombração que me trouxera até ali. Estava me procurando. Fugi para bem longe, até os urros de frustração se tornarem meros sussurros ecoando nas trevas.

Vaguei durante muito tempo sozinho, gritando por socorro. Muitas vezes ouvi outros pedidos de ajuda, na maioria com vozes de crianças. Em outras ocasiões, escutei apenas berros insanos. Nunca encontrei ninguém. A solidão se tornou desesperadora e já estava quase enlouquecendo, quando bati em algo. Parecia a porta de um guarda-roupa.

Empurrei e cheguei aqui, no seu quarto.

Desde então, volto todas as noites. Sei que não pode me escutar, mesmo assim eu converso com você para espantar minha própria solidão. Vejo pelas fotos que está crescendo rápido. Não cometi o erro de ser visto, então logo você não sentirá mais minha presença. Vai concluir que eu não existo, aí será só questão de tempo para que abaixe o cobertor, deixando seu pescoço ou braço desprotegido.

Serei mais inteligente do que a coisa que me raptou.

Quando eu te puxar para dentro do armário, nunca mais vou te soltar.



FELIZ DIA DAS MÃES :)
Bons Pesadelos...

73 comentários:

Mel disse...

Muito, muito bom! bem escrito, e bem, deu medo HEIUFASHD vou me cobrir todinha pra dormir essa noite, #fato

Anônimo disse...

Sensacional!
Excelente, conseguiu transformar algo normalmente infantil e bobo - em um futuro trauma na cabeça dos leitores. xDDD
clap clap clap!

Torquato disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Torquato disse...

Nossa muito interessante a historia gostei pra caramba.. so achei o final tosco.. porque a pessoa tem que ter a cabeça fraca pra nessa noite sentir medo.. mais fora isso foi muito bom. eu ja fui muito medroso.. nao conseguia sair do quarto durante a noite, o escuro era meu terror, agora minha mae me chama de morcego porque eu so faço as coisas de luz apagada kkkk

mais até hj tenho sensaçao de ver figuras humanas no meio da noite..

snake disse...

muito boa essa sua historia,transformar um medo infantil numa historia q prende o leitor do começo ao fim mto bom!

Gisele disse...

Muito boa história, embora eu não tenha conseguido me familiarizar com ela.

Quando eu era menor, achava estranho as crianças que tinham medo do escuro ou de bicho papão dentro do guarda roupa ou embaixo da cama. Eu amava ficar dentro do grada roupa e embaixo da cama, especialmente no escuro.

Sei lá, eu gostava de desafiar coisas que as outras crianças tinham medo pra ver se eu entendia o que tinha de tão horroroso naquilo.

Anônimo disse...

lol eu tenhuh o costume de dormir com a coberta da cabeça aos pes e o pior de tudo eah q eufiqueicommedopqeusouumacriançasótenhuh14anosÇ_Ç

Matheus disse...

Eu tenho 12 anos e fiquei com muito medo desse conto , mas isso acontece comigo de vez em quando mas nunca tive curiosidade de saber oque e(o medo e bem mais forte)

Pablo Arbo disse...

Desculpa.
n vou poder dizer mta coisa
ainda estou sem palavras.
mas bem
vc eh bom BAKARAI
soh isso

Pimenta disse...

Caracaaaaaaa!Eu amei!
bjo

Anônimo disse...

AH!!!!!!!!!!!
MUITO MAS MUITO BOM!
AMEI DEMAIS!

Unknown disse...

Gostei da história, bem escrita *-* e eu sempre dormi toda coberta, justamente por ter medo que algum ser estranho agarre minha parte descoberta Q
Mas eu achei que o final super fraquinho, isso estragou o conto s:

Feliz dia das mães /o/

Anônimo disse...

o conto foi lagal so ñ entendi o final

William disse...

Omg!
Final mto tenso =O
Nunca me interessei por livros nem contos mais os do Medo B são os unicos que eu me interesso *-*

MEDO B disse...

É eu particularmente gostei muito do final!! srsrs

MEDO B incentivando a leitura!!!

NessCaw
Vai gostar de livros quando conhecer os bons e não conseguir parar de ler!

Luh! disse...

OMG eu AMEI o final !!!
E eu q achava q ele era sei lá, o pai da criança... xD
gostei mt!!

nossa, eu faço isso direto, dormir toda enrolada xD
eu lembro q qdo eu era pkena eu morava em um apartamento, e a porta do banheiro era bem na frente da minha cama! eu sempre dormia toda enrolada e abraçada em uma lanterna lol

mais teve esse dia muito, MUITO estranho em que quando eu acordei e fui tomar banho no banheiro tinha uma marca de mão na porta... nunca esqueci isso x.x

Vilton disse...

Eu nunca li um post desse tamanho mais os comentarios me encorajou! Eu tenho insonia e td noite antes de dormir fico fingindo que tem um espirito me espreitando ai eu me cubro todo sem me mover mais eu tenho um pouco de fobia de ficar dentro do cobertor entao so deixo meus olhos e nariz para fora e acabo dormindo esse conto se parece muito comigo!

J.C. disse...

USIBDSUBF, história adoravel. Eu costumo dormir completamente coberta justr q sentia ''presenças'' no criança, mas isso mudou.
Achei o final meio fraco mas o resto ta de boa :X

té mais :*

Rodrigo Dani disse...

Muito muito bom.
Nota 10.

Nina disse...

Deixa eu ir la trancar o guarda roupa hahahahaha

Bruno Basso disse...

Já tinha lido esse conto, muito bom mesmo.
Parabéns Mário, vc é um grande escritor.

Érica disse...

kk eu me cubro toda na hr de dormir pelo msm motivo(mas era a garota do exoscista) só nunca apareceu nd \o/
as vezes eu acho q tem alguem do meu lado mas é pura imaginação(ou ñ) mas msm assim eu adoro a senção do medo..isso q ele faz com a gente

LuKs disse...

Eu gostei bastante!
So resta explicar pq fantasmas não podem nos tocar enquanto estamos com o corpo coberto por lençol/cobertor.
O final foi bem interessante e porque não dizer, surpreendente!
Parabens!

Alailson disse...

Adoreeei!

por um tempo eu até tive aquele sentimento, sabe?!.. o MEDO! :)

Bianca disse...

NOSSA! incrível, apaixonante, o final é inesperado... enfim, AMEI muito mesmo mesmo, parabéns *--*

Cayo de Araújo disse...

Nuss mlk,muito tenso esse conto,me motivou a ler os outros publicados.

Mario Carneiro Jr. disse...

Obrigado a todos pelos comentários, é sempre um imenso prazer para um escritor saber que está sendo lido, rsrs. Abraços!

Anônimo disse...

Cara voce mandou muito bem..o final me deixou surpreso foi realmente muito bom, voce poderia postar mais historias como essa.(creio eu que se voce seguir esse ramo vai se dar muito bem.)
faz algums messes que frequeito o site ja li ele todinho rsrsrs...
se possivel gostaria de conhecer outras historias suas, so nao deixo meu email aqui por motivos obvios..Meu nome e Jonas e se voce tiver outras historias tao boas quanto essa voce acabou de ganhar um fa. um grande abraço e sucesso pra voce

Mario Carneiro Jr. disse...

Valeu Anônimo! Se quiser conhecer outras histórias minhas, é só entrar em http://luamortal.blogspot.com

Ou se quiser esperar, é possível que outras histórias minhas sejam postadas aqui no futuro (é só o Medo ler e aprovar,rsrs). Abração!

Anônimo disse...

acompanho o blog faz ums meses, meu primeiro cometario.

amei, me cubro em lensol até hj
o final da historia me fez um arrepio na espinha e nao quero olha pra tras.
amei muito isso!!!

K@RIN@ OLIVEIR@ disse...

Adorei o final, muito bom, parabéns

Alvo Dumbledore disse...

Muito bom mesmo.parabens!

Deletei disse...

AHHAHA, eu já não consigo dormir sem me cobrir normalmente! Muito bom o conto, adorei.

Anônimo disse...



HORRÍVEL!

Anônimo disse...

o conto foi lagal so ñ entendi o final(2)
Adorei! Fato, também me cubro demais na hora de dormir!

Sara disse...

eu sou medrosa X_X' li esse post ontem, juro, fiquei conversando com o meu amigo pelo tel ateee umas 2 hrs pra ve se me dava sono X_X' ... deixei o medo que eu devia sentir quanto criança pra sentir agora ja crescida HEHE'

Mario Carneiro Jr. disse...

Bacana descobrir que não sou o único que costumava dormir totalmente coberto, rsrs. Hoje em dia parei um pouco, mas de vez em quando, no frio (ou quando parece que sinto uma presença no quarto... vcs sabem como é), volto a me cobrir inteiro. É uma sensação de conforto que racionalidade nenhuma consegue equiparar ;)

E que bom que algumas pessoas sentiram medo. Isso é o maior elogio que um escritor de horror pode receber. Valeu!

beeella disse...

Eu adorei. Mas não gostei do final, eu tava até ficando com medo, mais quando chegou no final, perdeu a graça :/

L.R. Bianchini disse...

Adoro esse conto, ja tinha lido ele umas duas veze, lá no blog Lua Mortal do Mário Carneiro Jr. Fantástico!

Anônimo disse...

ruim e que de noite eu atva na duvida se domia toda coberta ou nao HAUHAUAHU acabei nao dormindo por causa do calor.-. mas acordei umas 2 vezes durante a noite e olhei o guarda roupa SUAHAUAHUAHAUH .Belissimo conto apesar do final que nao me agradou muito .-. mas conseguiu me passar medo

Felipe disse...

CARAMBA!! muito bom! muito bem escrito mesmo... tá de parabéns!!
(medo) uhaauhauhauh

Suno disse...

aah, até eu pensava ser o único em me esconder nas cobertas :s

Lobueno disse...

sério, não esperava por uma história desse nivel, MUITO BOA MESMO, ótima, vou passar o link para meus amigos :D

Ei-chan disse...

otimo, muito bom!!! ao contrário de algumas pessoas, eu gostei muito do final, explica tudo, e o q me deu realmente medo foi o desfecho mesmo. ainda bem q sempre dormí com a cabeça coberta tbm, mas tinha uma época q só conseguia dormir com os pés descobertos. uma coisa q sempre aconteceu muito comigo, desd criança e algumas vezes hj em dia, é bater os olhos em roupas jogadas pela casa e enxergar uma pessoa nelas... já aconteceu de eu ver uma "aparição", o estranho é q ela era basicamente "eu", mesma aparência, só não me lembro da roupa... ainda bem q não vejo mais isso.

Unknown disse...

Muito bom o conto. Já tinha lido antes quando vc postou la no orkut la na comunidade

Mario Carneiro Jr. disse...

Opa, vim agradecer aos outros que postaram. Valeu gente, comentários são sempre bem vindos!

Ei-Chan, achei interessante seu comentário... uma vez, li uma teoria (não lembro onde) de que algumas pessoas, ao verem um fantasma, enxergam uma imagem de si mesmas. Ao que parece, isso seria um dispositivo de proteção do cérebro, para a pessoa sentir menos medo (pois o estado de confusão gerado acaba diminuindo o temor). Não que eu acredite, mas é interessante, rs.

Abraços!

Rob Farias disse...

Cara, muito bom o seu conto, vc vai lendo e achando que era tudo imaginação da cabeça do garoto e derrepente, pam a reviravolta, gostei muito.... do final.]

deu medo...

grande abraço....

Luis Eduardo disse...

Parabéns. Boa narrativa, conseguiu fechar bem o ciclo da idéia. Acho que poderia ter se estendido um pouco mais no ambiente do "limbo", que pra mim foi a parte alta do conto.

Anônimo disse...

Nooooossa, cara, eu gostei muito muito desse conto, me familiarizei bastante :}
Me lembro q ano passado mesmo, eu ficava acordada ateh 2 -3 horas da manhã vasculhando meu quarto em busca de algo q pudesse me assustar de noite =]
Ainda é um desafio pra mim dormir totalmente descoberta, slá, me sinto vulnerável :$
e olha q tenho 15 anos rsrs :D
BOm, MUUUUITO PERFEITO esse conto, e parabéns, ao blog, com posts ótimos :D

Letícia disse...

que história ótima! adorei mesmo... não é só um conto trash, cheio de sangue e coisa do tipo, mas uma história criativa e bem feita. como fã de literatura, só tenho a elogiar... pq são bem raros os contos de terror que tb têm qualidade literária :)

Anônimo disse...

pooooooooha li a historia toda, agora ele vai vir me buscar por favor alguem me ajudaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

MikeBr disse...

E amei a historia *-* denoite na hora de dormir eu quase sempre falo com minha mãe no quarto dela ai quando eu to voltando pro meu quarto, eu sinto que algo esta atras de mim por eu estar sozinho, e eu corro pro meu quartoabro a porta e fecho rapido... sinto que esta desesperado para me pegar e desligo a luz e corro pra cama como proteçao e me tapo ate a cabeça como na historia
obs: todas noites mas nao e tao bizarro assim tipo algo saindo do guarda ropa... quando olho para o escuro vejo algumas coisas...

Amanda disse...

adorei, só espero conseguir dormir agora! hahahha

Tiago disse...

CAraio men, MUITO BRUTAL, Vc escreve MUITO Bem!
Gostei MUITO!
Parabéns ;)

Less disse...

Caralho,mto foda*-*

SenhoritaRaak disse...

eu li ontem a noite , dormi bem, porem beeem tapada da cabeça aos pés. tenso ;x

Guurl disse...

Cara, vocês perderam o meu "P*T* QUE PARIU" quando eu acabei de ler esse troço :s Caraaca, agora sim eu fui pega de surpresa...Jesus, hoje sim eu durmo com a minha mãe :'( Hardcore isso aí, amei *--*

João Pedro disse...

Meu Deus... P*TA QUE PARIU!! Hoje não durmo. Sou escritor de contos de horror, mas nunca li um tão... Assustador. Parabéns.

Anônimo disse...

PERFECT!! Cara, tenho 11 anos, ontem msm não consegui dormir, agora, eu imagino. Eu nunca me tapei toda com o lençol, só quando tá muito frio e eu sempre acabo me destapando.

SugaR disse...

Poxa, eu sempre deixo meus pés e minha cabeça destampados porque eu sinto muito calor, mas não consigo dormir sem me cobrir (vicio antigo). Só que depois desta historia eu vou passar a me cobrir todos os dias... Principalmente porque o guarda-roupa fica do lado da minha cama a menos de dois um metro e meio de distância!

É, eu não vou dormir esta noite. O_O

Parabéns pelo conto, bem escrito, uma narrativa leve, como se o personagem principal estivesse mesmo conversando com a gente. E o final fez tudo valer a pena em dobro! Sério, cheguei a ficar com os pelos da nunca arrepiados e dei uma leve conferida pra ver se não tinha nada atras de mim...

tati disse...

Cara, simplesmente fantástico! :O

Halala disse...

Eu li isso ontem tenho 13 anos e sou muuito medroso, eu não consegui dormir direito não eu durmo com a cabeça pra fora e não conseguia parar de olhar pro armário que é bem em frente a minha cama ainda bem que eu tenho um irmão e a cama dele é do meu lado, tambem tive um dia a paralisia do sono, é muito ruim você não se mexe não consegue gritar e fica tendo aquelas alucinações medonhas de fantasmas gritando e tentando te pegar no seu quarto

Lu disse...

Nossa muito bom esse conto,me deu medo mesmo. Espero conseguir dormir hj,ainda bem q não durmo sozinha rsrs

Anônimo disse...

Muito bom!!! :D

Arthur disse...

cara... muito loko, amo contos de terror e esse me fez arrepiar a espinha, mas o final seria melhor de ele tivesse parado em:"...aí será só questão de tempo para que abaixe o cobertor, deixando seu pescoço ou braço desprotegido." se tivesse parado aí, ficaria perfeito, mas msm assim gostei muito !!!

Dante Cremasco disse...

MUITO IRADo, ja tava sentindo falta de uma boa história de terror

Stephanie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Chanel disse...

Não entendi, ele diz que a coisa raptou ele mas soltou ele, como é? bem, isso é fictíssio poderiam me explicar o que é essa coisa?

Pseudo-Schriftsteller disse...

Classe A, sem dúvida nenhuma.

Daria um curta de respeito, sim senhor.

Segurou a revelação até o momento correto.

Excelente conto!

Gabriel Salotti disse...

cara, uma das melhores histórias que eu e os meus amigos ja ouviram!

doppio disse...

lol, me identifiquei totalmente com esse conto, já que eu tenho 12 anos quase fazendo 13 e sempre durmo coberta dos pés à cabeça, msm no calor xD

..pior é q esse medo tava quase passando, agora esse conto vai fazer eu ter pesadelos ó_ò

Anônimo disse...

voce nao sabe o que isso me causou!

ninguem disse...

vou por o meu pau pra fora do cobertor pra ver se ele nunca vai soltar mesmo kkkk