2 de maio de 2011

Inquisição

Conhecido também como Santo Ofício, a Inquisição era um instituição dos tribunais da Igreja Católica que julgavam e puniam pessoas acusadas de se desviar do caminho de Deus.

Tiveram 2 versões, a da Idade Média nos séculos XIII e XIV, e a Inquisição Moderna em Portugal e na Espanha que durou do século XV até o século XIX!

Começou em 1231 quando o Papa Gregório IX criou um orgão para investigar suspeitos de heresia, pois ele estava preocupado com o crescimento das seitas religiosas.
Qualquer pessoa que professasse práticas diferentes das reconhecidas como "cristãs" era considerada herege.
Atuando na Itália, França, Alemanha e Portugal, a Inquisição Medieval tinha penas mais leves, sendo a mais comum a excomunhão.( Tortura passou a ser autorizada pelo Papa a partir de 1252 para arrancar confissões).

[leiamais]
A segunda "era" da Inquisição veio com toda força começando na Espanha em 1478. Os alvos eram principalmente Judeus e Cristãos-novos(Recem convertidos acusados de continuarem praticando o Judaísmo)
Com apoio dos reis o Santo Ofício ganhou força e passou a considerar heresia qualquer ofensa "a fé e aos costumes católicos". Quem usasse toalhas limpas no começo do sábado ou não comesse carne de porco era acusado de Judaísmo.
Depois a lista de perseguidos foi ampliada para incluir protestantes, iluministas, homossexuais e bígamos.
As punições passaram a ser mais pesadas como a famosa "Morte na Fogueira", tinha também prisão perpétua e confisco de bens. A crueldade dos inquisidores cresceu tanto que o próprio Papa pediu aos espanhóis que diminuíssem o banho de sangue.


Como acontecia a Inquisição:

O Julgamento:
Os monges do Santo Ofício chegavam a aldeia e reunia toda população na igreja. No período de Graça(que durava 1 mês) convidavam os pecadores a admitirem seus pecados. Quem se confessava não recebia penas severas.
Quem não aproveitasse essa chance podia ser denunciado. O pânico nessa época era grande porque a inquisição incentivava e premiava a delação.
Quando alguém era acusado ele era interrogado e dificilmente conseguia se salvar. Não tinha direito a um advogado, e muitas vezes era colocado atrás dele um espião que faziam torturas para conseguir as confissões.

As Torturas:
Variavam de acordo com a heresia. As mais leves deixavam os acusados acorrentados sem comer nem dormir por vários dias. Mas existiam outros bem piores como "O Potro e a "Extensão", normalmente o carrasco fazia uma demosntração de como funcionava essas técnicas para ver se o acusado se confessava antes de receber a tortura na prática.

- O Potro
O acusado era preso com um anel de ferro no pescoço e nos braços em uma cama, e 8 cordas eram passadas pelo seu corpo. Ao sinal do inquisitor o carrasco puxava as cordas que chegavam a entrar na carne do acusado fazendo jorrar sangue, até que ele confessasse ou perdesse a consciência.


-A Extensão
Cordas puxadas por um torniquete faziam os punhos se aproximarem um do outro por trás. As mãos do condenado se tocavam, isso fazia os ombros se deslocarem.

Essas torturas foram descritas pelo Jean Coustos, Mestre de uma loja maçônica que acabou confessando seus "pecados" e foi condenado a trabalhos forçados.

As Sentenças:
A sentença era divulgada em público normalmente com o rei presente. As penas iam da excomunhão até a morte na fogueira.
Se o condenado se confessasse até o pé da fogueira, e se sua conversão a fé católica fosse considerava verdadeira ele podia trocar a morte pela prisão perpétua.
Caso contrário era queimado vivo na fogueira.
Se eles descobrissem defuntos que haviam sido hereges, o cadáver era desenterrado e queimado também.



Frei dominicano Tomás de Torquemada (Hitler da Inquisição)

Nos registros históricos ele foi o inquisitor geral da Espanha. Autorizou a tortura para obter confissões, ampliou a lista de heresias e pressionou o rei a trocar tolerância religiosa pela perseguição aos Judeus e aos hereges.
Responsável por mais de 170 mil judeus expulsos da Espanha e 2 mil mortes na fogueira.



GATOS PRETOS

Você tem MEDO de Gato Preto ? Ele também é vítima da Inquisição.
Na idade Média como os gatos tinham hábitos noturnos, por isso passaram a acreditar que ele tinha pacto com o demônio. Se fosse preto então ele era das trevas.
O Papa Inocêncio VIII incluiu o Gato Preto na lista de perseguidos pela Inquisição.
Em 1560 um gato preto ferido a pedradas conseguiu se esconder na casa de uma velhinha que dava abrigo aos gatos. No dia seguinte a velhinha apareceu com machucados, assim o povo concluiu que ela era uma Bruxa e se transformava em gato a noite... Não preciso contar o que aconteceu com ela não é ?
O gato também era incluído no paganismo, já que era reverenciado como divindade principalmente entre povos antigos como os Egípcios.
É dai que vem as lendas e o MEDO do Gato Preto...

A caça aos gatos só terminou em 1630 quando o rei Luís XIII proibiu a perseguição aos bichos.



Bons Pesadelos...

47 comentários:

T1AO disse...

a historia dessas coisas é longa tinham até um manual para torturar:
"Malleus Maleficarum" publicado em 1487 na Alemanha. a coisa era feia e o mais engraçado era que sempre os bens eram confiscados, sempre poder e dinheiro, a sujeira de sempre ...

Flavio disse...

Para variar! Por isso odeio religião.
Naquele tempo eu seria morto, sou ateu,somente por pensar.
Por isso o povo acredita tanto em DEus!
Coitados

Isabela Alicia disse...

Meu Deus. Até com o coitado do gato conseguiram ser cruéis.

camy-kaze9 disse...

Eu tenho um gato preto, com muito orgulho.

♣ Rafilsky ♣ disse...

Essas questões de posses foram uma grande renda para a igreja católica na segunda inquisição, visto que inumeras familias ricas e tradicionais judias foram confiscadas.


nego observa isso de longe, mas até no Brasil isso teve repercução, muitas ricas famílias judias no nordeste brasileiro se refugiaram para os EUA quando começou toda essa agitação por aqui, levando com elas todo capital que eles conseguiram aqui.

bonbenjo disse...

a história da igreja católica é de fato desapontante '.' nem sei se existe essa palavra... Vcs sabiam q a igreja católica apoiava hitler? MEDO né?

bonbenjo disse...

depois falam q a igreja católica é una e santa >.<

Thomas Correa disse...

Totalmente sem fundamentos essas afirmaçoes, é só pesquisar um pouco e veram oque realmente aconteceu.

matheus disse...

EU NAO SOU CATOLICO E NAO DEFENDO MAS, TENHO CERTEZA QUE DAQUI A POUCO OS ATEUSINHOS FILHINHOS DE MAMAE COMECAM A APARECER, SE FAZENDO DE VITIMA E QUERENDO PARECER INTELIGENTES O QUE NA MAIORIA DAS VESES SE VOCE FOR VER SAO BABACAS DE 12 ANOS NO COMPUTADOR

Reinaldo disse...

Já ouvi muito a respeito da inquisição e é incrivel como em TODAS as vezes ela consegue me revoltar muito. Tá na cara que a igreja não dava a minima nem pra deus e só queria mais PODER, por isso usava o MEDO nas pessoas. A historia dos gatos me revoltou mais ainda. Poxa, adoro gatos, e se tem alguma criatura que não é obra do diabo são eles XP

Reinaldo disse...

Matheus, não são só os ateus que vão aparecer aqui pra se fazer de vitima e falar besteira, pode apostar XD

JM disse...

Tenho Fontes históricas de onde fiz pesquisas para fazer esse post

Não é sem fundamento como afirmou o Chainsaw

MEDO B

Marta Macêdo disse...

Olha... sou católica e sei o quanto minha Igreja cometeu erros absurdos! Tenho vergonha disso...

Hoje em dia muitas coisas mudaram e estamos tentando consertar erros passados, é difícil, mas estamos tentando mesmo pq ainda tem muita coisa errada e NAO SÓ na católica, mas em outras tb. Respeito a escolha religiosa de todo mundo, mesmo pq é perda de tempo ficar discutindo isso, né? =)

Ninguém nunca será perfeito o bastante para Deus, mas estamos tentando...

Bom , mas a inquisiçao foi uma fase bizarra e triste na historia da humanidade... =~~

Forever Alone disse...

http://www.cleofas.com.br/resultado_busca.aspx?t=inquisi%C3%A7%C3%A3o&tb=T

http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2009/12/16/para-entender-a-inquisicao-lancamento/

Para quem quiser entender a inquisição sem segundas intenções, o Prof. Felipe de Aquino, escreveu um livro (2° link), e no 1° link uma página com várias "aulas" sobre a inquisição.
Para quem não o conhece:
Professor Felipe Rinaldo Queiroz de Aquino é Doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP (Universidade Estadual Paulista) e pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e Mestre na área pela UNIFEI (Universidade Federal de Itajubá), também foi Diretor da FAENQUIL, atual Escola de Engenharia de Lorena (EEL-USP) durante 20 anos. Casado há 38 anos, atualmente é pai de cinco filhos.

Professor Felipe Aquino construiu uma história literária de sucesso, com 66 livros publicados pela Editora Cléofas (ao todo são 59 títulos lançados).

Sempre abordando temas baseados na doutrina católica, ele sabe como poucos tratar de temas comuns ao ser humano, como espiritualidade, namoro, casamento, família, entre outros. E por escrever sempre de maneira objetiva e de fácil compreensão, consegue conquistar cada vez mais leitores.

É destaque ainda na Rádio e TV Canção Nova, apresentando os programas 'Escola da Fé' e 'No Coração da Igreja'. Também participa do programa 'Trocando Idéias', apresentado por Ricardo Sá, mais um sucesso de audiência da emissora. E não é só isso. Aos finais de semana, aproveita para percorrer o Brasil e outros países promovendo Encontros de Aprofundamento destinados a jovens, noivos e casais.

Anônimo disse...

Uma pena que parou a perseguição aos gatos...tinham tudo que morrer esses bichos.

Mr. Yck disse...

eraumavezchaplin
pessoas como você deveriam morrer, na fogueira :*



Bom post, se for se aprofundar mesmo nisso, da pra fazer um blog k

Poderia rolar um post sobre o Malleus Maleficarum, seria bem interessante *-*

Unknown disse...

Podre

a vida te deruba mas nos temos que levantar disse...

vocês poderiam fazer a continuação só com os metodos de torturas que acreditem são piores que a extensão e que dão muito mais medo

Gisele disse...

Poderia citar mais torturas da inquisição, porque eram muitos tipos.

Quando eu estava na 6ª série e o prof de história contou o que faziam com os gatos nesse periodo, me revoltei. Sempre achei cães bobinhos,
prefiro 1.000 vezes gatos, tem mais personalidade.

Bom post ;)

Reinaldo disse...

eraumavezchaplin
Não gostar de gatos é uma coisa. Eu até respeitaria isso se a maioria das pessoas que não gostam não fossem escrotas que nem você a ponto de querer acabar com a vida dos bichinhos. Acho que quem mata bichos por simplesmente não gostar deles é o pior tipo de ser humano que existe, e esses "bichos" sim tinham que ser extintos, não o pobre gato.
E outra coisa, é muita ignorancia das pessoas, mesmo naquela epoca, verem um animal dessa forma. Respeito qualquer tipo de opinião, desde que tenha fundamento e não cause mal a ninguem.

Unknown disse...

Filhos da puta sem noção pobres dos gatos...as pessoas hoje em dia não deveriam odiar os gatos e sim apreciar a arte de Deus que é mil vezes melhor que o ser humano

Alecsandro disse...

É triste o que fizeram com os pobres gatinhos '-'

babi disse...

ridiculo ¬¬

Luisinho disse...

Por isso não sou religioso.Acredito em Deus mas não nas religiões;nenhuma religião presta.

karolyn disse...

Sem Palavras --'
Depois eles falam que matar por Deus era divino!
Crueldade , poder e dinheiro isso sim era pura sujeira!
Religião não existe mas sim Deus e seus amparadores!

lostgirl disse...

a inquisição sempre me deu medo. a mistura de ignorância com extremismo religioso é medonho

The Joker disse...

Medo, poste um artigo sobre viagem astral(muito interessante) e outro sobre conspirações: EUA X Nova Ordem Mundial

Muitas pessoas vão gostar :D

Felippe.w disse...

Por isso que eu digo que a Religião é so um meio de querer controlar tudo. Basta ver no Antigo Egito onde o Faraó era visto como um Deus.
Por isso que eu sou Ateu u-ú

PS: Pobres gatos pretos ! D=

Forever Alone disse...

História da Igreja: A Inquisição Espanhola
Origem da lnquisição Espanhola

Os reis Fernando e Isabel, visando a plena unificação de seus domínios, tinham consciência de que existia uma instituição eclesiástica, a lnquisição - oriunda na ldade Média com o fim de reprimir um perigo religioso e civil dos séculos XI/XII (a heresia cátara ou albigense); a este perigo pareciam assemelhar-se as atividades dos marranos (judeus) e mouriscos (árabes) na Espanha do século XV.
1. A lnquisição Medieval, que nunca fora muito ativa na península ibérica, achava-se a mais ou menos adormecida na segunda metade do séc. XV Aconteceu, porém, que durante a Semana Santa de 1478 foi descoberta em Sevilha uma conspiração de marranos, a qual muito exasperou o público. Então lembrou-se o rei Fernando de pedir ao Papa, reavivasse na Espanha a antiga Inquisição, e a reavivasse sobre novas bases, mais promissoras para o reino, confiando sua orientação ao monarca espanhol.
Sixto IV, assim solicitado, resolveu finalmente atender ao pedido de Fernando (ao qual, depois de hesitar algum tempo, se associara Isabel). Enviou, pois, aos reis da Espanha o Breve de 19 de novembro de 1478, pelo qual "conferia plenos poderes a Fernando e Isabel para nomearem dois ou três lnquisidores, arcebispos, bispos ou outros dignitários eclesiásticos, recomendáveis por sua prudência e suas virtudes, sacerdotes seculares ou regulares, de quarenta anos de idade ao menos, e de costumes irrepreensíveis, mestres ou bacharéis em Teologia, doutores ou licenciados em Direito Canônico, os quais deveriam passar de maneira satisfatória por um exame especial.
Tais lnquisidores ficariam encarregados de proceder contra os judeus batizados reincidentes no judaísmo e contra todos os demais culpados de apostasia. o Papa delegava a esses oficiais eclesiásticos a jurisdição necessária para instaurar os processos dos acusados conforme o Direito e o costume; além disto, autorizava os soberanos espanhóis a destituir tais Inquisidores e nomear outros em seu lugar, caso isto fosse oportuno" (L.Pastor, Histoire des Papes IV 370).
Note-se bem que, conforme este edito, a lnquisição só estenderia sua ação a cristãos batizados, não a judeus que jamais houvessem pertencido a lgreja; a instituição era, pois, concebida como órgão promotor de disciplina entre os filhos da Igreja, não como instrumento de intolerância em relação às crenças não-cristãs.

Forever Alone disse...

Procedimentos da Inquisição
Apoiados na Iicença pontifícia, os reis da Espanha aos 17 de setembro de 1480 nomearam lnquisidores, com sede em Sevilha, os dois dominicanos Miguel Morillo e Juan Martins, dando-lhes como assessores dois sacerdotes seculares. os monarcas.promulgaram também um compêndio de "Instruções", enviado a todos os tribunais da Espanha, constituindo como que um código da Inquisição, a qual assim se tornava uma espécie de órgão do Estado civil.
Os Inquisidores entraram logo em ação, procedendo geralmente com grande energia. Parecia que a lnquisição estava a serviço não da Religião propriamente, mas dos soberanos espanhóis, os quais procuravam atingir criminosos mesmo de categoria meramente política.
Em breve, porém, fizeram-se ouvir em Roma queixas diversas contra a severidade dos Inquisidores. Sixto IV então escreveu sucessivas cartas aos monarcas da Espanha, mostrando-lhes profundo descontentamento por quanto acontecia em seu reino e baixando instruções de moderação para os juízes tanto civis como eclesiásticos.
Merece especial destaque neste particular o Breve de 2 de agosto de 1482, que é o Papa, depois de promulgar certas regras coibitivas do poder dos Inquisidores, concluia com as seguintes palavras:
"Visto que somente a caridade nos toma semelhantes a Deus. rogamos e exortamos o Rei e a Rainha, pelo amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que imitem Aquele de quem é caracteristico ter sempre compaixão e perdão. Queiram, portanto, mostrar-se indulgentes para com os seus súditos da cidade e da diocese de Sevilha que confessam o erro e imploram a misericórdia!"
Contudo, apesar das frequentes admoestações pontifícias, a Inquisição Espanhola ia-se tornando mais e mais um órgão poderoso de influência e atividade do monarca nacional. Para comprovar isto, basta lembrar o seguinte: a Inquisição no território espanhol ficou sendo instituto permanente durante três séculos a fio. Nisto diferia bem da Inquisição Medieval, a qual foi sempre intermitente, tendo em vista determinados erros oriundos em tal e tal localidade. A manutenção permanente de um tribunal inquisitório impunha avultadas despesas, que somente o Estado podia tomar a seu cargo; foi o que se deu na Espanha: os reis atribuiam a si todas as rendas materiais da lnquisição (impostos, multas, bens confiscados) e pagavam as respectivas despesas; consequentemente alguns historiadores, referindo-se à Inquisição Espanhola, denominaram-na "Inquisição Régia!"

Forever Alone disse...

Emancipada de Roma
A fim de completar o quadro até aqui traçado, passemos a mais um pormenor característico do mesmo.
Os reis Fernando e Isabel visavam a corroborar a Inquisição, emancipando-a do controle mesmo de Roma (...). Conceberam então a idéia de dar à instituição um chefe único e -plenipotenciário - o lnquisidor-Mor -, o qual julgaria na Espanha mesma os apelos dirigidos a Roma. Para este cargo, propuseram à Santa Sé um religioso dominicano, Tomás de Torquemada ("a Turrecremata", em latim), o qual em outubro de 1483 foi realmente nomeado Inquisidor-Mor para todos os territórios de Fernando e Isabel. Procedendo à nomeação escrevia o Papa Sixto IV a Torquemada:
"Os nossos carissimos filhos em Cristo, o rei e a rainha de Castela e Leão, nos suplicaram para que te designássemos como Inquisidor do mal da heresia nos seus reinos de Aragão e Valença, assim como no principado de Catalunha" (Bullar.ord. Praedicatorum /// 622).
O gesto de Sixto IV só se pode explicar por boa fé e confiança. O ato era, na verdade, pouco prudente (...).
Com efeito; a concessão benignamente feita aos monarcas seria pretexto para novos e novos avanços destes: os sucessores de Torquemada no cargo de Inquisidor-Mor já não foram nomeados pelo Papa, mas pelos soberanos espanhóis (de acordo com critérios nem sempre louváveis). Para Torquemada e sucessores, foi obtido da Santa Sé o direito de nomearem os lnquisidores regionais, subordinados ao lnquisidor-Mor.
Mais ainda: Fernando e Isabel criaram o chamado "Conselho Régio da Inquisição", comissão de consultores nomeados pelo poder civil e destinados como que a controlar os processos da Inquisição; gozavam de voto deliberativo em questões de Direito civil, e de voto consultivo em temas de Direito Canônico.

Forever Alone disse...

Uma das expressões mais típicas da autonomia arrogante do Santo ofício espanhol é o famoso processo que os Inquisidores moveram contra o arcebispo primaz da Espanha, Bartolomeu Carranza, de Toledo. Sem descer aos pormenores do acontecimento, notaremos aqui apenas que durante dezoito anos contínuos a Inquisição Espanhola perseguiu o venerável prelado, opondo-se a legados papais, ao Concílio Ecumênico de Trento e ao próprio Papa, em meados do séc. XVI.
Frisando ainda um particular, lembraremos que o rei Carlos III (1759-1788) constituiu outra figura significativa do absolutismo régio no setor que vimos estudando. Colocou-se peremptoriamente entre a Santa Sé e a Inquisição, proibindo a esta que executasse alguma ordem de Roma sem licença prévia do Conselho de Castela, ainda que se tratasse apenas de proscrição de livros. O lnquisidor-Mor, tendo acolhido um processo sem permissão do rei, foi logo banido para localidade situada a doze horas de Madrid; só conseguiu voltar após apresentar desculpas ao rei, que as aceitou, declarando:
"O Inquisidor Geral pediu-me perdão, e eu Iho concedo,- aceito agora os agradecimentos do tribunal,- protegê-lo-ei sempre, mas não se esqueça desta ameaça de minha cólera voltada contra qualquer tentativa de desobediência" (cf. Desdevises du Dezart, L'Espagne de I'Ancien Regime. La Société 101s).
A história atesta outrossim como a Santa Sé repetidamente decretou medidas que visavam a defender os acusados frente à dureza do poder régio e do povo. A Igreja em tais casos distanciava-se nitidamente da lnquisição Régia, embora esta continuasse a ser tida como tribunal eclesiástico.
Assim aos 2 de dezembro de 1530, Clemente VII conferiu aos lnquisidores a faculdade de absolver sacramentalmente os delitos de heresia e apostasia; destarte o Sacerdote poderia tentar subtrair do processo público e da infâmia da Inquisição qualquer acusado que estivesse animado de sinceras disposições para o bem. Aos 15 de junho de 1531, o mesmo Papa Clemente VII mandava aos Inquisidores tomassem a defesa dos mouriscos que, -ocabrunhados de impostos pelos respectivos senhores e patrões, poderiam conceber ódio contra o Cristianismo. Aos 2 de agosto de 1546, Paulo III declarava os mouriscos de Granada aptos para todos os cargos civis e todas as dignidades eclesiasticas. Aos 18 de janeiro de 1556, Paulo IV autorizava os sacerdotes a absolver em confissão sacramental os mouriscos.
Compreende-se que a Inquisição Espanhola, mais e mais desvirtuada pelos interesses às vezes mesquinhos dos soberanos temporais, não podia deixar de cair em declínão. Foi o que se deu realmente nos séculos XVIII e XIX. Em consequência de uma revolução, o Imperador Napoleão I interveio no governo da nação, aboliu a Inquisição Espanhola por decreto de 4 de dezembro de 1808. o rei Fernando VII, porém, restaurou-a em 1814, a fim de punir alguns de seus súditos que haviam colaborado com o regime de Napoleão. Finalmente, quando o povo se emancipou do absolutismo de Fernando VIl, restabelecendo o regime liberal no país, um dos primeiros atos das Cortes de Cadiz foi a extinção definitiva da Inquisição em 1820. A medida era, sem dúvida, mais do que oportuna, pois punha termo a uma situação humilhante para a Sta. Igreja.

Forever Alone disse...

Tomás de Torquemada
Tomás de Torquemada nasceu em Valladolid (ou, segundo outros, em Torquemada) no ano de 1420 Fez-se Religioso dominicano, exercendo por 22 anos o cargo de Prior do convento de Santa-Cruz em Segóvia. Já aos 11 de fevereiro de 1482 foi designado por Sixto IV para moderar o zelo dos lnquisidores espanhóis. No ano seguinte o mesmo Pontífice o nomeou Primeiro Inquisidor de todos os territórios de Fernando e Isabel.
Extremamente austero para consigo mesmo, o frade dominicano usou de semeIhante severidade nos seus procedimentos judiciários. Dividiu a Espanha em quatro setores inquisitoriais, que tinham como sedes respectivas as cidades de Sevilha, Córdova, Jaen e Villa (Ciudad) Real. Em 1484 redigiu, para uso dos lnquisidores, uma "Instrução", opúsculo que propunha normas para os processos inquisitoriais, inspirando-se em tramites já usuais na Idade Média; esse libelo foi completado por dois outros do mesmo autor, que vieram a lume respectivamente em 1490 e 1498.
O rigor de Torquemada foi levado ao conhecimento da Sé de Roma; o Papa Alexandre VI, como dizem algumas fontes históricas, pensou então em destitui-lo de suas funções; só não o terá feito por deferência a corte da Espanha. O fato é que o Pontífice houve por bem diminuir os poderes de Torquemada, colocando a seu lado quatro assessores munidos de iguais faculdades (Breve de 23 de junho de 1494).
Quanto ao número de vítimas ocasionadas pelas sentenças de Torquemada, as cifras referidas pelos cronistas são tão pouco coerentes entre si que nada se pode afirmar de preciso sobre o assunto.
Tomás de Torquemada ficou sendo, para muitos, a personificação da intolerância religiosa, homem de mãos sanguinolentas (...).
Os historiadores modernos, porém, reconhecem exagero nessa maneira de conceituá-lo; levando em conta o caráter pessoal de Torquemada, julgam que este Religioso foi movido por sincero amor é verdadeira fé, cuja integridade lhe parecia comprometida pelos falsos cristãos; daí o zelo extraordinário com que procedeu. A reta intenção de Torquemada ter-se-á traduzido de maneira pouco feliz.
De resto, o seguinte episódio contribui para desvendar outro traço, menos conhecido, do frade dominicano: em dada ocasião, foi levada ao Conselho Régio da Inquisição a proposta de se impor aos muçulmanos ou a conversão ao Cristianismo ou o exilio. Torquemada opôs-se a essa medida, pois queria conservar o clássico princípio de que a conversão ao Cristianismo não pode ser extorquida pela violência; por conseguinte, a Inquisição deveria restringir sua ação aos cristãos apóstatas; estes, e somente estes, em virtude do seu Batismo, tinham um compromisso com a Igreja Católica. Como se vê Torquemada, no fervor mesmo do seu zelo, não perdeu o bom senso neste ponto. Exerceu suas funções até a morte, aos 16/09/1498.


DATA DA PUBLICAÇÃO: 30/03/2011

fonte:http://www.cleofas.com.br/ver_conteudo.aspx?m=doc&cat=88&scat=122&id=2748
Prof. Felipe de Aquino

Ñ olhem apenas para as torturas, mas para os reais interesses envolvidos...

Renesmee Carllie Cullen disse...

Coitado dos gatos :// e das pessoas meu deus

Anônimo disse...

Sou católico e amo minha fé e minha Igreja,mas sei (e tenho pena) dos seus filhos,que a usam e a maltratam.

Gabriel Hermann disse...

Pra que faze uma comparação com Hitler, apesar de tudo ele e umas das pessoas mais inteligentes que passaram pela terra, assim como napoleão e Alexandre o Grande, e um absurdo comparar um padre nojento desses com uma pessoa que erguer uma nação da fome e da miséria aposto minha tudo que tenho que nenhum político ou alguém como você que le isto consegueria fazer o que este homem fez.http://www.inacreditavel.com.br

Lucas Schimmel disse...

Não existe religião santa. Todas tem seu lado obscuro.

Anônimo disse...

Luke,toda rleigião tem seu lado obscuro,pois todos os homens são falhos!

Rafael disse...

A Inquisição foi uma resposta a outro banho de sangue pouco conhecido: Dos Hereges, dos ladrões e dos PROTESTANTES. Claro que foi um pecado e que Deus sabe das atrocidades (mesmo que a maioria das torturas sejam mitos), e também sabe que as pessoas contra a tortura e a pena de morte na inquisição eram na verdade, maioria.

♣ Rafilsky ♣ disse...

Gabriels

há de se comparar com hitler sim senhor, pois a inquisição tambem foi instituida pra perseguir judeus e com a intenção de roubar suas posses... hitler tirou a miséria da alemanha porque conseguiu pegar todos os bens das familias judias ricas e tradicionais da alemanha, ai meu filho, até eu viro um bom imperador

♣ Rafilsky ♣ disse...

mauricio, dizes que a inquisição não foi tão cruel, e que segundo seu conceito histórico ela não foi tão ruim?


e eu sinceramente não entendi o que um doutor de engenharia mecanica, tem mais respeito em história que milhares de historiadores... é algo tão riduculo quanto pedir a um doutor em história mediaval para construir um avião.

Maiara Bastiani disse...

Deus não tem religião!

Forever Alone disse...

♣ Rafilsky ♣
Não é algo ridículo um dr em engenharia falar sobre história pq ele estudou profundamente a história da igreja sem intenção de apenas desmoralizá-la, mas para entender tudo que se passou realmente. Agora para vc eh mais facil e comodo acreditar naqueles que endomonizam a instituição intitulada 'igreja' do que acreditar na sua santidade. Veja bem não estou dizendo que ñ há um passado obscuro( até o Papa Beato João Paulo reconheceu e pediu desculpas), mas foram os homens que erraram, isso ñ tira a credibilidade da igreja. A igreja é santa, mas feita por pecadores, pois qual o homem que nunca errou? Jesus...?

Forever Alone disse...

♣ Rafilsky ♣
E ninguem disse que ela não foi cruel. Porém a crueldade não partiu do papa, e sim dos interesses dos reis de Espanha que usaram a religião para tais fins... eles são os fanaticos...

camy-kaze9 disse...

eraumavezchaplin
Espero que cães te comam vivo '-'
Não é só porque o animal não te agrada que a vida dele vale menos do que a sua. É por causa de gente ignorante assim que a humanidade tá na merda. Tem gente que não gosta de gatos só porque eles não chegam já dando atenção pra todo mundo que nem os cachorros (nada contra, são lindos também), aí a pessoa já pensa que gatos são animais frios, que só se apegam à casa, que são do demo, etc etc -__- São espertos e só dão carinho pra quem confiam, é isso.

Unknown disse...

religião e coisa de barbaro. matar gatos pretos so porque eram pretos imagina quando verem uma pessoa negra.

Vinicius disse...

mas a igreja pediu desculpas e alguns grandes ateus como
stalin que matou 73 milhoes de pessoas por nao serem ateus e torturou eles
hitler tambem era ateu e odiava religião matou 21 milhoes ao todo