Deixe-me começar dizendo que Peter Terry era viciado em heroína. Nós éramos amigos na faculdade e continuamos sendo após eu ter me formado. Note que eu disse "eu". Ele largou depois de 2 anos mal feitos. Depois que eu me mudei do dormitório para um pequeno apartamento, não via Peter com muita frequência. Nós costumávamos conversar online as vezes (AIM era o rei na época pré-facebook). Houve um tempo que ele não ficou online por cinco semanas seguidas. Eu não estava preocupado. Ele era um notável viciado em cocaína e drogas em geral, então eu assumi que ele apenas parou de se importar. Mas então, uma noite, eu o vi entrando. Antes que eu pudesse começar uma conversa, ele me mandou uma mensagem.
"David, cara, nós precisamos conversar."
Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.
"David, cara, nós precisamos conversar."
Foi quando ele me disse sobre a Casa sem Fim. Ela tinha esse nome pois ninguém nunca alcançou a saída final. As regras eram bem simples e clichês: chegue na saída final e você ganha 500 dólares, nove cômodos no total. A casa estava localizada fora da cidade, aproximadamente 7km da minha casa. Aparentemente ele tentou e falhou. Ele era viciado em heroína e sabe lá em mais o que, então eu imaginei que as drogas tinham feito ele se cagar todo por causa de um fantasma de papel ou algo assim. Ele me disse que seria demais pra qualquer um. Que não era normal. Eu não acreditei nele. Por que eu deveria? Eu disse a ele que iria checar isso na outra noite, e não importava o quanto ele tentasse me fazer não ir, 500 dólares soava bom demais pra ser verdade, eu precisava tentar. Fui na noite seguinte. Isso foi o que aconteceu.
[leiamais]
Quando eu cheguei, imediatamente notei algo estranho sobre a casa. Você já viu ou leu algo que não deveria te assustar, mas por alguma razão te gelava a espinha? Eu andei através da construção e o o sentimento de mal estar apenas aumentou quando eu abri a porta da frente.
Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.
A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.
Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.
No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.
A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.
Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.
O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.
Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.
Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.
Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.
Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.
Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.
Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-
"Você está bem?"
Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.
A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.
"David, você deveria ter ouvido"
Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.
Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.
Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.
Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.
Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.
Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.
Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.
Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.
"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."
"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."
"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.
"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"
"Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."
Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.
"David?" Eu tive que perguntar.
"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.
A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"
Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.
"Eu vou sair daqui."
David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.
"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.
A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.
Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.
David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.
Da sua eterna,
Gerência
Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.
Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.
Tradução @DaeBianca
Enviada pelo leitor Mateus Telles
Bons Pesadelos...
Meu coração desacelerou e soltei um suspiro aliviado assim que entrei. O cômodo parecia como uma entrada de um hotel normal decorada para o Halloween. Um sinal foi colocado no lugar onde deveria ter um funcionário. Se lia "Quarto 1 por aqui. Mais oito a seguir. Alcance o final e você vence!" Eu ri e fui para a primeira porta.
A primeira área era quase cômica. A decoração lembrava o corredor de Halloween de um K-Mart, cheia de fantasmas de lençol e zumbis robóticos que soltavam um grunhido estático quando você passava. No outro lado tinha uma saída, a única porta além da qual eu entrei. Passei através das falsas teias de aranha e fui para o segundo quarto.
Fui recebido por uma névoa assim que abri a porta do segundo quarto. O quarto definitivamente apostou alto nos termos de tecnologia. Não havia apenas uma máquina de fumaça, mas morcegos pendurados pelo teto e girando em círculos. Assustador. Eles pareciam ter em algum lugar da sala, uma trilha sonora em loop de Halloween que qualquer um encontra em uma loja de R$1,99. Eu não vi um rádio, mas imaginei que eles tenham usado um sistema de PA. Eu pisei em cima de alguns ratos de brinquedo com rodinhas e andei com o peito inchado para a próxima área. Eu alcancei a maçaneta e meu coração parou. Eu não queria abrir essa porta. O sentimento de medo bateu tão forte que eu mal conseguia pensar. A lógica voltou depois de alguns momentos aterrorizantes, e eu abri a porta e entrei no próximo cômodo.
No quarto 3 foi quando as coisas começaram a mudar.
A primeira vista, parecia como um quarto normal. Havia uma cadeira no meio do quarto com piso de madeira. Uma lâmpada no canto fazia o péssimo trabalho de iluminar a área, e lançava algumas sombras sobre o chão e as paredes. Esse era o problema. Sombras. Plural. Com a exceção da cadeira, havia outras. Eu mal tinha entrado e já estava apavorado. Foi naquele momento que eu soube que algo não estava certo. Eu nem sequer pensava quando automaticamente tentei abrir a porta de qual eu vim. Estava trancada pelo outro lado.
Isso me deixou atormentado. Alguém estava trancando as portas conforme eu progredia? Não havia como. Eu teria ouvido. Seria uma trava mecânica que fechava automaticamente? Talvez. Mas eu estava muito assustado pra pensar. Eu me voltei para o quarto e as sombras tinham sumido. A sombra da cadeira permaneceu, mas as outras se foram. Comecei a andar lentamente. Eu costumava alucinar quando era criança, então eu conclui que as sombras eram um produto da minha imaginação. Comecei a me sentir melhor assim que fui para o meio da sala. Olhei para baixo enquanto andava, e foi aí que eu vi. A minha sombra não estava lá. Eu não tive tempo para gritar. Corri o mais rápido que pude para a outra porta e me atirei sem pensar no próximo quarto.
O quarto cômodo foi possivelmente o mais perturbador. Assim que eu fechei a porta, toda a luz pareceu ser sugada para fora e colocada no quarto anterior. Eu fiquei ali, rodeado pela escuridão, e não conseguia me mexer. Não tenho medo do escuro, e nunca tive, mas eu estava absolutamente aterrorizado. Toda a minha visão tinha me deixado. Eu ergui minha mão na frente do meu rosto e se eu não soubesse que tinha feito isso, nunca seria capaz de contar. Não conseguia ouvir nada. Estava um silêncio mortal. Quando você está em uma sala à prova de som, ainda é capaz de se ouvir respirar. Você consegue ouvir a si mesmo estar vivo. Eu não podia. Comecei a tropeçar depois de alguns momentos, a única coisa que eu podia sentir era meu coração batendo rapidamente. Não havia nenhuma porta à vista. Eu não tinha nem sequer certeza se havia uma porta mesmo. O silêncio foi quebrado por um zumbido baixo.
Senti algo atrás de mim. Vire-me bruscamente mas mal conseguia ver meu nariz. Mas eu sabia que era lá. Independentemente do quão escuro estava, eu sabia que tinha algo lá. O zumbido ficou mais alto, mais perto. Parecia me cercar, mas eu sabia que o que quer que estivesse causando o barulho, estava na minha frente, se aproximando. Dei um passo para trás, eu nunca tinha sentido esse tipo de medo. Eu realmente não consigo descrever o verdadeiro medo. Não estava nem com medo de morrer, mas sim do modo que isso ia acontecer. Tinha medo do que a coisa reservara para mim. Então as luzes piscaram por menos de um segundo e eu vi. Nada. Eu não vi nada e eu sei que eu não vi nada lá. O quarto estava novamente mergulhado na escuridão, e o zumbido era agora um guincho selvagem. Eu gritei em protesto, não conseguiria ouvir o barulho por mais um maldito minuto. Eu corri para trás, longe do barulho, e comecei a procurar pela maçaneta. Me virei e cai dentro do quarto 5.
Antes que eu descreva o quarto 5, você deve entender algo. Eu não sou um viciado. Nunca tive história de abuso de drogas ou qualquer tipo de psicoses além das alucinações na minha infância que eu já mencionei, e elas eram apenas quando eu estava realmente cansado ou tinha acabado de acordar. Eu entrei na Casa sem Fim limpo.
Depois de cair do quarto anterior, minha visão do quinto quarto foi de costas, olhando pro teto. O que eu vi não me assustou, apenas me surpreendeu. Árvores tinha crescido no quarto e se erguiam acima da minha cabeça. O teto desse quarto era mais alto que os outros, o que me fez pensar que eu estava no centro da casa. Me levantei do chão, me limpei e olhei ao redor. Era definitivamente o maior quarto de todos. Eu sequer conseguia ver a porta de onde eu estava, os vários arbustos e árvores devem ter bloqueado a minha linha de visão da saída. Nesse momento eu notei que os quartos estavam ficando mais assustadores, mas esse era um paraíso em comparação ao último. Também assumi que o que estava no quarto quatro ficou lá. Eu estava incrivelmente errado.
Conforme eu andava, comecei a ouvir o que se poderia ouvir em uma floresta, o barulho dos insetos se movendo e dos pássaros voando pareciam ser as minhas únicas companhias nesse quarto. Isso foi o que mais me incomodou. Eu podia ouvir os insetos e os outros animais, mas não conseguia vê-los. Comecei a me perguntar quão grande essa casa era. De fora, quando eu caminhei até ela, parecia como uma casa normal. Era definitivamente na maior parte da casa, já que tinha quase uma floresta inteira. A abóbada cobria minha visão do teto, mas eu assumi que ele ainda estava lá, por mais alto que fosse. Eu também não via nenhuma parede. A única maneira que eu sabia que ainda estava dentro da casa era por causa do chão compatível com o dos outros quartos, pisos escuros de madeira. Continuei andando na esperança que a próxima árvore que eu passasse revelaria a porta. Depois de alguns momento de caminhada, senti um mosquito no meu braço. O espantei e continuei. Um segundo depois, senti cerca de dez mais deles em diferentes lugares da minha pele. Senti eles rastejarem para cima e para baixo nos meus braços e pernas, e algum deles foram para o meu rosto. Eu me agitava freneticamente para espantá-los mas eles continuavam rastejando. Eu olhei para baixo e soltei um grito abafado, mais um ganido, para ser honesto. Eu não vi um único inseto. Nenhum inseto estava em mim, mas eu conseguia senti-los. Eu ouvia eles voando pelo meu rosto e picando a minha pele, mas não conseguia ver um único inseto. Me joguei no chão e comecei a rolar descontroladamente. Eu estava desesperado. Eu odiava insetos, especialmente os que eu não conseguia ver ou tocar. Mas eles conseguiam me tocar, e estavam por toda parte.
Eu comecei a rastejar. Não tinha ideia para onde estava indo, a entrada não estava a vista, e eu ainda não tinha visto a saída. Então eu apenas rastejei, minha pele se contorcendo com a presença desses insetos fantasmas. Depois do que pareceu horas, eu achei a porta. Agarrei a árvore mais próxima e me apoiei nela, eu dava tapas nos meus braços e pernas, sem sucesso. Tentei correr mas não conseguia, meu corpo estava exausto de rastejar e lidar com o que quer que estivesse no meu corpo. Eu dei alguns passos vacilantes até a porta, me segurando em cada árvore para me apoiar. Estava a poucos passos da porta quando eu ouvi. O zumbido baixo de antes. Estava vindo do próximo quarto, e era mais profundo. Eu podia quase senti-lo dentro do meu corpo, como quando você está do lado de um amplificador em um show. O sensação dos insetos em mim diminuiu quando o zumbido ficou mais alto. Assim que eu coloquei a mão na maçaneta, os insetos se foram completamente, mas eu não conseguia girar a maçaneta. Eu sabia que se eu soltasse, os insetos voltariam, e eu não voltaria para o cômodo quatro. Eu apenas fiquei ali, minha cabeça pressionada contra a porta marcada 6, minha mão trêmula segurando a maçaneta. O zumbido era tão alto que eu não conseguia nem me ouvir fingir pensar. Eu não podia fazer nada além de prosseguir. O quarto 6 era o próximo, e ele era o inferno.
Fechei a porta atrás de mim, meus olhos fechados e meus ouvidos zunindo. O zumbido me rodeava. Assim que a porta fechou, o zumbido se foi. Abri meus olhos e a porta que eu fechei sumira. Era apenas uma parede agora. Olhei em volta em choque. O quarto era idêntico ao terceiro, a mesma cadeira e lâmpada, mas com a quantidade de sombras corretas dessa vez. A única real diferença é que a porta de saída, e a que eu vim, tinham sumido. Como eu disse antes, eu não tinha problemas anteriores nos termos de instabilidade mental, mas no momento eu sentia como se estivesse louco. Eu não gritei. Não fiz um som. No começo eu arranhei suavemente. A parede era resistente, mas eu sabia que a porta estava lá, em algum lugar. Eu apenas sabia que estava. Arranhei onde a maçaneta estava. Arranhei a parede freneticamente com ambas as mãos, minhas unhas começaram a ser lixadas pela parede. Cai silenciosamente de joelho, o único som no quarto era o incessante arranhar contra a parede. Eu sabia que estava lá. A porta estava lá, eu sabia que estava apenas lá, sabia que se eu pudesse passar pela parede-
"Você está bem?"
Pulei do chão e me virei rapidamente. Me encostei contra a parede atrás de mim e vi o que falou comigo, e até hoje eu me arrependo de ter me virado.
A garotinha usava um vestido branco que descia até seus tornozelos. Ela tinha longos cabelos loiros que desciam até o meio das suas costas, pele branca e olhos azuis. Ela era a coisa mais assustadora que eu já tinha visto, e eu sei que nada na vida será tão angustiante como o que eu vi nela. Enquanto eu a olhava, eu via a jovem menina, mas também via algo mais. Onde ela estava eu vi o que parecia com um corpo de um homem maior do que o normal e coberto de pelos. Ele estava nu da cabeça ao dedão do pé, mas sua cabeça não era humana, e seus pés eram cascos. Não era o diabo, mas naquele momento poderia muito bem ter sido. Sua cabeça era a cabeça de um carneiro e o focinho de um lobo. Era horrível, e era como a menininha a minha frente. Eles tinham a mesma forma. Eu não consigo realmente descrever, mas eu via os dois ao mesmo tempo. Eles compartilhavam o mesmo lugar do quarto, mas era como olhar para duas dimensões separadas. Quando eu olhava a menina, eu via a coisa, e quando eu olhava a coisa, eu via a menina. Eu não conseguia falar. Eu mal conseguia ver. Minha mente estava se revoltando contra o que eu tentava processar. Eu já tive medo antes na minha vida, e eu nunca tinha estado mais assutado do que quando fiquei preso no quarto 4, mas isso foi antes do sexto. Eu apenas fiquei ali, olhando para o que quer que fosse que falou comigo. Não havia saída. Eu estava preso lá com aquilo. E então ela falou de novo.
"David, você deveria ter ouvido"
Quando aquilo falou, eu ouvi palavras da menina, mas a outra coisa falou atrás da minha mente numa voz que eu não tentarei descrever. Não havia nenhum outro som. A voz apenas continuava repetindo a frase de novo e de novo na minha mente, e eu concordei. Eu não sabia o que fazer. Estava ficando louco e ainda assim eu não conseguia tirar os olhos do que estava na minha frente. Cai no chão. Pensei que tinha desmaiado, mas o quarto não deixaria isso acontecer. Eu apenas queria que isso terminasse. Eu estava de lado, meus olhos bem apertos e a coisa olhando pra mim. No chão na minha frente estava correndo um dos ratos de brinquedo do segundo quarto. A casa estava brincando comigo. Mas por alguma razão, ver esse rato fez a minha mente voltar de onde quer que ela estivesse, e olhar ao redor do quarto. Eu sairia de lá. Estava determinado a sair daquela casa e nunca mais pensar sobre ela novamente. Eu sabia que esse quarto era o inferno e não estava pronto para ficar lá. No começo apenas meus olhos se moviam. Eu procurava nas paredes por qualquer tipo de abertura. O quarto não era muito grande, então não demorou muito para que eu checasse tudo. O demônio continuava zombando de mim, a voz cada vez mais alta como a coisa parada lá. Coloquei minha mão no chão e fiquei de quatro, e voltei a explorar a parede atrás de mim. Então eu vi algo que eu não podia acreditar. A coisa estava agora diretamente nas minhas costas, sussurrando como eu não deveria ter vindo. Eu senti sua respiração na minha nuca, mas me recusei a me virar. Um grande retângulo foi riscado na madeira, com um pequeno entalhe no meio dele. E bem em frente aos meus olhos eu vi um 7 que eu tinha inconscientemente feito na parede. Eu sabia o que era. Quarto 7 estava bem onde o quarto 5 estava a momentos atrás.
Eu não sabia como eu tinha feito aquilo, talvez tenha sido apenas o meu estado no momento, mas eu tinha criado a porta. Eu sabia que tinha. Na minha loucura eu tinha riscado na parede o que eu mais precisava, uma saída para o próximo quarto. O quarto 7 estava perto. Eu sabia que o demônio estava bem atrás de mim, mas por alguma razão, ele não conseguia me tocar. Fechei meus olhos e coloquei ambas as mãos no grande 7 na minha frente. E empurrei. Empurrei o mais forte que pude. O demônio agora gritava nos meus ouvidos. Ele e dizia que eu nunca iria embora. Me dizia que esse era o fim, mas que eu não iria morrer, eu iria ficar lá no quarto 6 com ele. Eu não iria. Empurrei e gritei com todo o meu fôlego. Eu sabia que alguma hora eu iria atravessar a parede. Cerrei meus olhos e gritei, e então o demônio se foi. Eu fui deixado no silêncio. Me virei lentamente e fui saudado com o quarto estando como estava quando eu entrei, apenas uma cadeira e uma lâmpada. Eu não podia acreditar nisso, mas não tive tempo de me habituar. Me virei para o 7 e pulei levemente para trás. O que eu vi foi uma porta. Não a que eu tinha riscado lá, mas uma porta normal com um grande 7 nela. Todo o meu corpo tremia. Me levou um tempo para girar a maçaneta. Eu apenas fiquei lá, parado por um tempo, encarando a porta. Eu não podia ficar no quarto 6, não podia. Mas se isso foi apenas o quarto 6, não conseguia imaginar o que me aguardava no 7. Devo ter ficado lá por uma hora, apenas olhando para o 7. Finalmente, respirei fundo e girei a maçaneta, abrindo a porta para o quarto 7.
Cambaleei através da porta mentalmente exausto e fisicamente fraco. A porta atrás de mim se fechou, e eu me toquei de onde estava. Eu estava fora. Não fora como no quarto 5, eu estava realmente lá fora. Meus olhos ardiam. Eu queria chorar. Cai de joelhos e tentei, mas não consegui. Eu estava finalmente fora daquele inferno. Nem sequer me importava com o prêmio que foi prometido. Me virei e vi que porta que eu tinha acabado de atravessar era a entrada. Andei até o meu carro e dirigi para casa, pensando em o quão bom seria tomar um banho.
Assim que cheguei em casa, me senti desconfortável. A alegria de deixar a Casa Sem Fim tinha sumido, e um temor crescia lentamente em meu estômago. Parei de pensar nisso e fiz meu caminho para a porta da frente. Entrei e imediatamente subi para o meu quarto. Eu entrei lá e na minha cama estava meu gato Baskerville. Ele foi a primeira coisa viva que eu vi aquela noite, e fui fazer carinho nele. Ele sibilou e bateu na minha mão. Recuei em choque, ele nunca tinha agido assim. Eu pensei "tanto faz, ele é um gato velho". Fui para o banho e me aprontei para o que eu esperava ser uma noite de insônia.
Depois do meu banho, fui cozinhar algo. Desci as escadas e me virei para a sala de estar, e vi o que ficaria para sempre gravado em minha mente. Meus pais estavam deitados no chão, nus e cobertos de sangue. Foram mutilado ao ponto de estarem quase identificáveis. Seus membros foram removidos e colocados do lado dos seus corpos, e suas cabeças em seus peitos, olhando para mim. A pior parte eram suas expressões. Eles sorriam, como se estivessem felizes em me ver. Vomitei e comecei a chorar lá mesmo. Eu não sabia o que tinha acontecido, eles nem sequer moravam comigo. Eu estava confuso. E então eu vi. Uma porta que nunca esteve lá antes. Uma porta com um grande 8 riscado com sangue nela.
Eu continuava na casa. Estava na minha sala de estar, mas ainda assim, no quarto 7. O rosto dos meus pais sorriram mais assim que eu percebi isso. Eles não eram meus pais, não podiam ser. Mas pareciam exatamente como eles. A porta marcada com um 8 estava do outro lado, depois dos corpos mutilados na minha frente. Eu sabia que tinha que continuar, mas naquele momento eu desisti. Os rostos sorridentes acabaram comigo, me seguravam lá onde eu estava. Vomitei novamente e quase entrei em colapso. E então, o zumbido voltou. Estava mais alto do que nunca, enchia a casa e tremia as paredes. O zumbido me obrigou a andar. Comecei a andar lentamente, indo em direção a porta e aos corpos. Eu mal conseguia ficar em pé, ainda mais andar, e quanto mais perto eu ia dos meus pais, mais perto do suicídio eu estava. As paredes agora tremiam tanto que parecia que desmoronariam, mas ainda assim os rostos sorriam para mim. Cada vez que eu me movia, os olhos me seguiam. Agora eu estava entre os dois corpos, a alguns metros da porta. As mãos desmembradas rastejaram em minha direção, o tempo todo os rostos continuavam a me olhar fixamente. Um novo terror tomou conta de mim e eu andei mais rápido. Eu não queria ouvir eles falarem. Não queria que as vozes fossem iguais a dos meus pais. Eles começaram a abrir suas bocas, e agora as mãos estavam a centímetros dos meus pés. Em um movimento desesperado, corri até a porta, a abri, e bati com ela atrás de mim. Quarto 8.
Eu estava farto. Depois do que acabara de acontecer, eu sabia que não tinha mais nada que essa porra de casa pudesse ter que eu não pudesse sobreviver. Não havia nada além do fogo do inferno que eu não estava preparado. Infelizmente eu subestimei as capacidades da Casa Sem Fim. Infelizmente, as coisas ficaram mais perturbadoras, mais terríveis e mais indescritíveis no quarto 8.
Eu continuo tendo dificuldade me acreditar no que eu vi na sala 8. De novo, o quarto era uma cópia do quarto 6 e 4, mas sentado na cadeira normalmente vazia, estava um homem. Depois de alguns segundos de descrença, minha mente finalmente aceitou o fato de que o homem sentado lá era eu. Não alguém que parecia comigo, ele era David Williams. Me aproximei. Eu tinha que dar uma olhada melhor, mesmo tendo certeza disso. Ele olhou para mim e notei lágrimas em seus olhos.
"Por favor.... por favor, não faça isso. Por favor, não me machuque."
"O que?" Eu disse. "Quem é você? Eu não vou te machucar."
"Sim, você vai" Ele soluçava agora. "Você vai me machucar e eu não quero que você faça isso." Ele colocou suas pernas para cima na cadeira e começou a se balançar para frente e para trás. Foi realmente bem patético de olhar, principalmente por ele ser eu, idêntico em todos os sentidos.
"Escute, quem é você?" Eu estava agora apenas a alguns metros do meu doppelganger. Foi a mais estranha experiência que eu tive, estar lá falando comigo mesmo. Eu não estava assustado, mas ficaria logo. "Por que você-?"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, se você quer sair você vai me machucar"
"Por que você está falando isso? Apenas se acalme, certo? Vamos tentar entender isso e-" E então eu vi. O David sentado lá estava usando as mesmas roupas que eu, exceto por uma pequena mancha vermelha bordada em sua camisa com um número 9"
"Você vai me machucar, você vai me machucar, não, por favor, você vai me machucar..."
Meus olhos não deixaram o pequeno número no seu peito. Eu sabia exatamente o que era. As primeiras portas foram simples, mas depois elas ficaram mais ambíguas. 7 foi arranhada na parede pelas minhas próprias mãos. 8 foi marcada com o sangue dos meus pais. Mas 9 - esse número era uma pessoa, uma pessoa viva. E o pior, era uma pessoa que parecia exatamente comigo.
"David?" Eu tive que perguntar.
"Sim... você vai me machucar, você vai me machucar..." Ele continuo a soluçar e a se balançar. Ele respondeu ao David. Ele era eu, até a voz. Mas aquele 9. Eu andei por alguns minutos enquanto ele chorava em sua cadeira. O quarto não tinha nenhuma porta, e assim como o 6, a porta da qual eu vim tinha sumido. Por alguma razão, eu sabia que arranhar não me levaria a nenhum lugar dessa vez. Estudei as paredes e o chão em volta da cadeira, abaixando a minha cabeça e vendo se tinha algo embaixo dela. Infelizmente, tinha. Embaixo da cadeira tinha uma faca. Junto com ela tinha uma nota onde se lia: Para David - Da Gerência.
A sensação em meu estômago quando eu li a nota foi algo sinistro. Eu queria vomitar, e a última coisa que eu queria fazer era remover a faca debaixo da cadeira. O outro David continuava a soluçar incontrolavelmente. Minha mente girava em volta de questões sem respostas. Quem colocou isso aqui e como sabiam meu nome? Sem mencionar o fato de que eu estava ajoelhado no chão frio e também estava sentado naquela cadeira, soluçando e pedindo para não ser machucado por mim mesmo. Isso tudo era muito para processar. A casa e a gerência estavam brincando comigo esse tempo todo. Meus pensamentos, por alguma razão, foram para Peter, e se ele chegou tão longe ou não. E se ele chegou, se ele conheceu um Peter Terry soluçando nesta cadeira, se balançando para frente e para trás. Eu expulsei esses pensamentos da minha cabeça, eles não importavam. Eu peguei a faca debaixo da cadeira e imediatamente o outro David se calou.
"David," ele disse na minha voz, "o que você pensa que vai fazer?"
Me levantei do chão e apertei a faca na minha mão.
"Eu vou sair daqui."
David continuava sentado na cadeira, mas estava bem calmo agora. Ele olhou pra mim com um sorriso fraco. Eu não sabia se ele iria rir ou me estrangular. Lentamente ele se levantou da cadeira e ficou de frente para mim. Era estranho. Sua altura e até a maneira que ele estava eram iguais a mim. Eu senti o cabo de borracha da faca na minha mão e apertei ela mais forte. Eu não sabia o que planejava fazer com isso, mas sentia que eu ia precisar dela.
"Agora" sua voz era um pouco mais profunda que a minha. "Eu vou te machucar. Eu vou te machucar e eu vou te manter aqui" Eu não respondi. Eu apenas o ataquei e o segurei no chão. Eu tinha montado nele e olhei para baixo, faca apontada e preparada. Ele olhou para mim apavorado. Era como se eu estivesse olhando para um espelho. E então, o zumbido retornou, baixo e distante, mas ainda assim eu o sentia no meu corpo. David olhou mim e eu olhei para mim mesmo. O zumbido foi ficando mais alto, e eu senti algo dentro de mim se romper. Com apenas um movimento, eu enfiei a faca na marca em seu peito e rasguei. A escuridão inundou o quarto, e eu estava caindo.
A escuridão em volta de mim era diferente de tudo que eu já tinha experimentado até aquele ponto. O Quarto 3 era escuro, mas não chegou nem perto dessa que tinha me engolido completamente. Depois de um tempo, eu não tinha nem mais certeza se continuava caindo. Me sentia leve, coberto pela escuridão. E então, uma tristeza profunda veio até mim. Me senti perdido, deprimido, suicida. A visão dos meus pais entrou na minha mente. Eu sabia que não era real, mas eu tinha visto aquilo, e a mente tem dificuldades em diferenciar o que é real e o que não é. A tristeza só aumentava. Eu estava no quarto 9 pelo que parecia dias. O quarto final. E era exatamente o que isso era, o fim. A Casa Sem Fim tinha um final, e eu tinha alcançado isso. Naquele momento, eu desisti. Eu sabia que eu estaria naquele estado pra sempre, acompanhado por nada além da escuridão. Nem o zumbido estava lá para me manter são. Eu tinha perdido todos os sentidos. Não conseguia sentir eu mesmo. Não conseguia ouvir nada, a visão era inútil aqui, e eu procurei por algum gosto na minha boca e não achei nada. Me senti desencarnado e completamente perdido. Eu sabia onde eu estava. Isso era o inferno. O Quarto 9 era o inferno. E então aconteceu. Uma luz. Uma dessas luzes estereotipadas no fim do túnel. Então eu senti o chão vir até mim, eu estava em pé. Depois de um momento ou dois para reunir meus pensamentos e sentidos, eu andei lentamente em direção a essa luz.
Assim que eu me aproximei da luz, ela tomou forma. Era uma luz saindo da fenda de uma porta, dessa vez sem nenhuma marca. Eu lentamente andei através da porta e me encontrei de volta onde eu comecei, no lobby da Casa Sem Fim. Estava exatamente como eu deixei. Continuava vazia, continuava decorada com enfeites infantis de Halloween. Depois de tudo o que aconteceu aquela noite, eu continuava desconfiado de onde eu estava. Depois de alguns momentos de normalidade, eu olhei em volta tentando achar qualquer coisa diferente. Na mesa estava um envelope branco com o meu nome escrito nele. Muito curioso, mas ainda assim cauteloso, juntei coragem para abrir o envelope. Dentro estava uma carta escrita à mão.
David Williams,
Parabéns! Você chegou ao final da Casa Sem Fim! Por favor, aceite esse prêmio como um símbolo da sua grande conquista.
Da sua eterna,
Gerência
Junto com a carta, tinham cinco notas de 100 dólares.
Eu não conseguia parar de rir. Eu ri pelo que pareceram horas. Eu ri enquanto andava até o carro e ri enquanto dirigia pra casa. Eu ri enquanto estacionava o carro na minha garagem, ri enquanto abria a porta da frente da minha casa e ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira.
Tradução @DaeBianca
Enviada pelo leitor Mateus Telles
Bons Pesadelos...
333 comentários:
1 – 200 de 333 Recentes› Mais recentes»muito foda velho *----------*
Sinistro. o_o
MUITO show essa creepy! xD
Por algum motivo, me lembrou Silent Hill... Deve ser mais por causa do terror psicológico mesmo. lol
Parabéns, ótima história! :DD
Ótima postagem Mateus... =D
Lembra Silent Hill sim! Principalmente o filme, mais o filme que o jogo nã verdade.
Muito massa... principalmente lendo 3 horas da manhã com uns barulhos estranhos no teto. Vou ter que dar um jeito nesse ratos depois xD
Devo dizer que esta foi uma das melhores creepypastas que eu já li!!
Excelente todo o terror psicológico e aquela tensão de passar por cada etapa... eu sofri com o cara, me imaginei até o último fio de cabelo estando no lugar dele, como eu enfrentaria meus medos e passaria por aquilo tudo para chegar no objetivo "final".
Que beleza chegar em casa! Mas a porta 10 só esta começando... ;)
Sério... daria um ótimo curta, sei lá... hehehehehe
Creepypasta excelente! Deixou ate um gostinho de quero mais!
Genial.
Perfeita..
Essa casa é uma dimensão compacta. De fora você uma casa normal e dentro dela, várias dimensões, que no caso, são quartos! Adorei ^^
Tenso e foda.
FDP... como eu vou dormir agora??
Cara muito bom mesmo, nem tava muito afim de ler tudo mais sei la nao consiguia parar de ler. muito bom mesmo parabens
Perfeita! *--*
Sério, provavelente a melhor creepy que eu já li, daria um um filme excelente. Mas por o psicológico dele estar muito abalado, a forma como ele ri no final sugere que ele tenha entrado em um estado de loucura/psicose, de forma que talvez a porta 10 que ele viu seja irreal. Ou não.
Mas se eu visse essa porta 10 eu nem abriria, sairia correndo e usaria os 500 dólares pra fugir e começar a vida em algum outro lugar. QUALQUER OUTRO LUGAR! XD
Muito bom, mas um pouco longo.
Velho essa Creepy foi mto boa
cara sem palavras, sem duvida a melhor creepy que eu ja li, perfeita!!!
Véi na Boa.. auhhua, Muito Fodaaa,uma das melhores que ja li!
Mas se ele não conseguiu sair, como o amigo dele conseguiu?
Baphomet é vc *o* -q!
e agora ficam aí as especulações do que seria o quarto 10...:S
Otima essa ai
A melhor que ja li!!!
caraaaaalho, muito foda! se superou, parabéns MedoB
Bem escrito, realmente. Mas não deu medo.
E se em sua nova casa tivesse uma porta numero 11 ? ahsuahsuhauhsa
às vezes o 10 é só o numero da casa dele, do apartamento..
às vezes ele ficou mesmo preso na casa pra sempre...
fica pra imaginação
mas sem dúvida uma das melhores que já li, parabéns ao leitor por enviar, pela traducao e pelo post
Enquanto eu traduzia eu fiquei pensando sobre o Peter. Sério, ele conseguiu sair como? Ele não conseguiu? Ele morreu?
Achei a história boa, mas a escrita muito fraca. O autor tem que nos fazer sentir o medo e não dizer "nossa, eu tive muito medo".
Percebam:Da sua ETERNA gerencia ou seja ele vai ficar na casa ateeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
Esse final foi tão...... *O*
Sério, isso precisava virar um curta.
O conto em si não dá lá muito medo, mas com uns bons efeitos gráficos e sonoros, poderia virar um filme e tanto.....
Concordo com o alecsandro.
Essa creepy e baseada em silent hill(a nevoa,o zumbido quando algo acontecera,as dimensoes,a menina , os numeros que lembram vitimas do silent hill 4) e tudo super bem conectado adorei
Concordo com o alecsandro.
Essa creepy e baseada em silent hill(a nevoa,o zumbido quando algo acontecera,as dimensoes,a menina , os numeros que lembram vitimas do silent hill 4) e tudo super bem conectado adorei
Concordo com o alecsandro.
Essa creepy e baseada em silent hill(a nevoa,o zumbido quando algo acontecera,as dimensoes,a menina , os numeros que lembram vitimas do silent hill 4) e tudo super bem conectado adorei
ele vai ficar pra sempre na casa repare que na carta está escrito
de sua ETERNA gerencia
2
Muuuito massa =D
Uma das melhores que já li.
Eu acho que ele saiu da casa, pois ele recebeu o pagamento, mas que ele sempre ficara preso nas lembranças da casa, por isso que a casa dele tem o nº 10.
Leiam o início do conto de novo. Genial... Ou ele vai ficar por 5 smanas nessa casa ou ele saiu e começou a criar a propria realidade na vida dele
Falei do Peter, o amigo dele que fala da casa pra ele
ta de parabens esse blog de uma olhadinha no meu:http://13avalon.blogspot.com.br/
e como o amigo dele saiu da casa ?? ele nao vai ficar na casa pra sempre ele vai sair depois de 5 semanas
Pode ser que cada pessoa que passe pela casa, adicione a ela um cômodo a mais, por isso existiam 09 e agora com a passagem dele, 10...
Provalvelmente o amigo dele era o número 9!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
tava uqase dessistindo de ler, foi tao tenso que eu ia lendo e minha cabça falava: para ou vc nao vai dormir direito ashaushaushaushaush IA dar um otimo filme .
Muito foda esta ai .. Há tempos não lia uma Creepy Pasta como esta !
Puta merda *0*!!
Com certeza daria um ótimo curta ou quem sabe filme!!
Finalmente uma Creepy boa, bem escrita e interessante, que força voce a ler e deixa sem vontade de dormir
à noite... a última que realmente me abalou tanto foi a do Jadusable, só pra dar um exemplo!
você vem a um site de Terror e espera encontrar o que? coelhinhos?
dã! eh óbvio que ele vai permanecer na casa, pois quando chegou em casa se deparou com o número 10, ou seja a casa sem fim nao tem fim mesmo!!! Muito foda esse creepy.
dã! eh óbvio que ele vai permanecer na casa, pois quando chegou em casa se deparou com o número 10, ou seja a casa sem fim nao tem fim mesmo!!! Muito foda esse creepy.
caramba lembro SILENT HILL 3 a parte que ele desce as escadas e encontra os pais dele. e SILENT HILL 2 nas partes em que ele abre a porta tenta voltar e a porta ta trancada... muito boa essa creepy
fiquei com vontade de jogar silent hill de novo.
Boa creepy,uma das melhores que já li
MERDA!!
eu moro na casa 4! hahaha vou entrar de noite numa puta escuridão......
só perde pra do lula molusco
muito boa !!!
muito massa uma das melhores que já vi fiquei até com medo kkk daria um ótimo filme *-*
Ótimooo !
Acho que foi a melhor que eu já vi até agora. Parabéns.
Daria um MARAVILHOSO filme !
a primeira estrofe eu acho qi é o final 0_0
Que foda *o*
Na boa, da um filme muito massa \o/
Juro que ri junto com ele quando viu o 10 na porta auhauahuahua'
nossa, muito boa, namoral! *o*
e é mesmo, dava pra fazer um filme muito bom!
MUITO FODA!
Nunca posto nada por aqui, mas acompanho sempre o blog.
E dessa vez não pude deixar de comentar, foi uma das melhores historias de terror que li pela net. Tem um tcham de 'Mascara da morte rubra' do Edgar Allan Poe,(com essas passagens de quarto e tal) só que um toque mais macabro e novo.
Esse post daria um filme do caralho, quem sabe até uma hq de terror.
Genial!Parabéns MedoB!
vdd é das melhores
boa
BOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOA vitor HASUHASHASUHASHSAHAS
Uma das melhores Creepy pasta que eu já li! Mentira, a melhor! haha
PUTAAA QUE PARIIIU....
muito booaa...karaai... uma das melhores creepys competindo c/ o Caminhos da Mente... maano... eternos parabéns a quem escreveeu...
Uau! Muito legal essa creepy!
Parabéns MedoB!!!
Não achei inpaquetante e nem que da medo porque? Não sei, mas a crepy e exelente! Ela e melhor que a do zelda.
Mas e como o amigo dele saiu, então?
É possível que ele tenha saído sim, só que tenha ficado louco e passado a ter alucinações.
Ou o tal amigo dele pode ter feito um "acordo" com a gerência, se comprometendo a fazer outros amigos irem para lá, em troca da própria liberdade.
vai ver ele morreu e virou espirito, e tem de passar a historia da casa pra frente, tipo aquelas correntes de facebook riariarai, nao mas e serio eu acho que e algo assim ._.
Po, todo mundo falando de Silent Hill, Silent Hill, Silent Hill, Silent Hill... Só eu que me lembrei do filme 1408? '-'
E como se entra em contato com a gerência?
Daria um ótimo filmeeeeeeeeeee!
Ou entao o Peter é da gerencia da casa '-' ou tem 1 computador na casa e o peter entro e mando a msg, vish?
Daria um ótimo filmeeeeeeeeeee!
9 comodos no total e o Peter falhou, wtf? '-'
Muito bom! Pena que creepys assim estão escassas, e eu já li todas as outras. Poderiam traduzir a do "Ted's Caving", é muito boa.
MELHOR CONTO JÁ POSTADO NO BLOG, MUITO BEM ESCRITO E COM UMA DINAMICA ÓTIMA !!!
MELHOR CONTO JÁ POSTADO AQUI !!!!
Concordo que seria um ótimo filme.
mto bom
mto bom
Obrigado cara, se eu achar outras no nivel eu mando ;]
Sensacional e é uma esperiencia muito louca vey,simple
smente fodastico
Puta merda. Tipo, é a primeira creepypasta que eu realmente fico com medo. Boa Medo, é isso aí *O*
AMEI!
E sem contar que ela é perfeita, realmente dá um medo e tensão. Você fica tipo "OMG, o que vai ter na proxima porta?". Man, nem sei o que faria no lugar desse David. Boa, Mateus ;D
Nossa, muito bom, um dos melhores contos que já li por aqui... Me lembrou bastante 1408 do King.
Na creepy não diz que a casa tem fim nem que quem passar do 9º cômodo vai sair da casa, só diz que quem passar do 9º cômodo ganha 500 dólares. Então, ele só ganhou 500 dólares, mas vai continuar na casa eternamente. Foi isso que eu entendi!
Caraca melhor Creepy q eu ja li cara na boa! :D Depois de apanhar muito finalmente o Meo B postou algo q me deixou realmente feliz, ta de parabens essa historia ae!
Tamo na mesma. Malditos ratos.
Creepypasta foda, simplesmente vou usar ela em uma história de RPG ainda, nem que seja um oneshot.
OMG, muito foda, adoro esses finais XD
Eu entendi o "10" como um 'agora você vive o resto de sua vida aí com tudo o que aconteceu com você, nerdão'. Porque, depois dessa casa e do jeito que ele saiu, se ele vir um 11 em algum lugar vai ligar à outro quarto e assim por diante.
Muito foda,essa creepy me prendeu,mas por que que o cara ficou rindo mesmo estando preso pra sempre lá? eu sei que ele insinuou drogas,será que ele estava drogado?
Nunca tive tanto medo de uma creepy como dessa aí. Fiquei o tempo todo olhando ao redor e tal. hahaha Tenso.
meus olhos não conseguiam para de te seguir, sua profundidade, sua semelhança, nossa semelhança, busquei tentar sair de tudo aquilo, busquei desviar minha atenção mas todo o meu corpo estava imóvel, meus olhos não eram os coporais, sentia que lia tudo aquilo por fora de meu corpo, minha alma, meu medo, meu coração...
simplesmente fantastica, a melhor de todas até agora
uma das melhroes creppys pra nuam dizer a melhor.
daria um ótimo filme.
tenso demais
lembrei daquele filme la.
do apartamento 1408.
principalmente a parte que ele acha que já tava em casa e ainda tava no quarto.
achei massa mesmo
nossa essa foi boa d+
Aeeeeeeeeeeee uma das melhores que já lí até agora, da pra fazer um filme com essa história heim ?
Mto fera
E quem garante que o amigo dele saiu da casa? Pode se tratar de um truque da gerência.. O amigo dele pensa que saiu da casa e manda um e-mail.. simples.....
Caraca to lendo isso as 3 da madruga (no exosrcismo de Emily Rose essa e a hora sagrada para os demônios)e ainda to ouvindo uns batuques distantes como se fossem de um tambor
Muito boa creepy, muito boa mesmo, eh enorme, mas não consegui parar de ler. Parabens!!
se voce pensar bem... o david nao voltou para a casa dele? de lá ele pode contar pra alguem pelo computador... o peter passo pela casa, chego em casa e conto pro david.... isso depois de passar a casa toda...ou ele pediu arrego e a gerencia soltou ele... ele fica sem premio, mas fica "preso" assim como o david para todo sempre... mas sem o premio..
A melhor historia que eu já li...
dispenso mais comentários
Eu acho que o autor abordou algumas características da Divina Comédia. Classificando os 9 círculos do inferno. Existe a possibilidade do narrador estar morto, e não saber, preso em uma ilusão de ainda vida. E sua punição começaria quando ele soube da casa, passando pelos 9 círculos progressivamente e vendo quanto um e mais tenebroso que o outro. Eu não analisei comparando os quartos com os respectivos círculos, se alguém achar interessante e quiser postar se tem algo a ver, é mais um esclarecimento. A parte em que diz na carta "Sua Eterna Gerencia" cria uma ideia que o narrador está preso em algum espaço onde existe algo que reside e controla tal lugar. O número 10 cravado na porta cria uma ideia de aprisionamento e o que talvez seria um "loop" espacial, onde ele seria obrigado a viver naquele universo. Porém ele menciona viver em um apartamento, e menciona ter crises alucinógenas. O que talvez possa ser que o narrador na verdade é um psicopata que está reescrevendo um caso, onde ele pode ter tido alguma crise que o fez encarar os andares como quartos, enquanto progredia tendo crises, e psicopata por ter possivelmente matado alguma pessoa no 9o quarto. Até chegar ao 10o onde morava, e provavelmente ver a marcação na porta como de costume ter sempre. É uma história intrigante, confusa e que causa um nível de terror psicológico surpreendente.
Bem dessa HAUHAUAHAUHAUHAUAHAUAH
O bom dessa creepypasta é que cada um vai interpretar de um jeito. Por exemplo, achei que tinha acabado a história na porta 7, acho que não foi só eu que achei isto...
Mas no final quando ele cita o número 10, fica uma opção do leitor:
- Coincidência, ele morava no apartamento de número 10
- A casa realmente não tem um fim, ou seja, ele ficará nesse loop infinito
Pelo menos o que eu entendi foi isto.
A melhor história q já li em toda a minha vida ..
Peter tbm está na casa. '-'
Talvez o zumbido fizesse você querer abrir a porta 11!
Qual é o nome dessa história original, em inglês?
concordo! Não tive medo, só antes de ler, desci até o final do texto para ver se tinha alguma imagem, depois fui lendo, mas, não deu medo! Porque diferente de outros textos, este deixa clara que você teria que entrar em um local para começar a viver o pesadelo.
Eu só fiquei com UMA duvida......... Se a casa realmente era infinita, como o amigo dele falou pro David sobre ela? o Amigo dele fazia parte da "Gerencia" ?? O Amigo dele era o demônio? Ou o demônio matou o amigo dele e usou o corpo? o o próprio David era a porta de saída pro seu amigo, e seu amigo tinha que fazer o David entrar na casa pra sair?
Fodásticoooooo,melhor creepyh de TODAS
Sensacional!
Se tivessem vinte quartos descritos na história, eu definitivamente leria os vinte e reclamaria que não eram trinta e dois, hahaha. História muito bem escrita!
e realmente bem parecido com silent hill.... a melhor creepy!!!!
A melhor creepy q eu jah li na minha vida,ñ consegui parar d ler até saber o final!Ge-ni-al!!!!
A melhor creepy q eu jah li na minha vida,ñ consegui parar d ler até saber o final!Ge-ni-al!!!!
A melhor creepy q eu jah li na minha vida,ñ consegui parar d ler até saber o final!Ge-ni-al!!!!
Muito bom!Eu acho que a casa tinha só 9 quartos, mas a culpa em toda essa historia eu acho que esta com o zumbido, você pode notar que a partir do segundo quarto ele escuta uma musica de Halloween que pode conter o zumbido em um volume que não se pode escutar,uma frequência muito baixa, tanto que foi ai que ele começou a ter medo ,e que depois foi progredindo de quarto em quarto mexendo com o estado mental dele fazendo com que ele fique louco e crie na sua própria imaginação o quarto 10,por isso a casa é sem fim, ela termina na realidade e dentro da cabeça deles ela continua ,isso explica a eterna gerencia e o porque dele sair rindo de tudo porae.Realmente daria um bom filme de terror!
Tenho duas teorias na mais simples seria que Peter não teria estado na casa pois no texto ele " aparentemente " teria estado na casa nas ultimas 5 semanas fora. Mas por ele ser drogado, este comportamento não seria inesperado, ou seja, a introdução da casa para David por Peter não significa nada.
A outra seria que, talvez a casa fosse projetada para assustar e fazer com que o visitante desistisse de prosseguir, e neste intuito a fumaça do quarto 2 seria alguma droga que deixaria o desafiante nervoso, assustado... mas como o próprio David diz, ele nunca havia usado drogas, e já havia apresentado comportamento psicótico na infância.Ao entrar em contato com a droga o cérebro dele que já tinha predisposição para psicoses começou a alucinar, e David que nunca havia usado droga antes começou a enlouquecer sob o efeito desta, a cada quarto a psicose de David aumentava levando-o a um estado semelhante ao de um esquizofrênico, o ambiente e a psicose de David tornaram experiencia numa especie de transe do qual ele até o momento que chega em casa não está recuperado. Talvez Peter tenha estado na casa, e não tenha sentido o efeito da droga com tanta força, e apenas tenha desistido por medo antes de chegar ao final da casa e ficado vagando por 5 semanas se drogando, tendo a casa sido uma experiencia ruim para ele e só.E no caso de David, pelos motivos descritos acima, tenha desencadeado muito mais do que uma experiencia ruim.
acho que não seria possível,para ter uma porta 11 ele teria que completar a 10 :D,tipo na minha opinião
A melhor creepypasta até hoje!
cara simplesmente genial, mais nao explicaram o que era aquele ruido se era o demonio ou algo mais que motivava ele a continuar de quarto em quarto para nao ficar parado em um so ??concorda ?
Pqp, sensacional!
O nome é NoEnd House. (:
Pior que eu até pensei, e se você olhar direito, na verdade consegue ser melhor em vários aspectos que o 1408, com o fato do protagonista ficar claustrofóbico aos poucos, e deixar mais para a imaginação, o que sempre é mais interessante.
Cara, por mais viajado que possa ser, sua explicação faz um sentido não-sobrenatural muito grande. Claro que todas as outras teorias também são excelentes, mas essa deixa muito pouco o que explicar.
A melhor creepypasta que já lí na vida! Queria a continuação! *________________*
Essa teoria é realmente boa.
old but gold
eu gostei... achei mais ao estilo quarto 1408 do q silent hill!
tive o mesmo sentimento de angustia q tive quando vi o filme do quarto^^
Putz,essa foi fodástica =D
Eu leio muitas creepypastas aqui no MEDO B, mas nunca comentei em alguma. Essa realmente merece, a melhor que eu já li.
esse creppy se superou, é mt foda nunca li nada como isso antes, ele conseguiu seus 500 dolares depois da porta 9, como o prometido, mas isso não quer dizer que ele saiu da casa, a casa não tem fim, por isso que seu amigo ficou preso la, ele também vai ficar
caramba!!! gostei muito dessa história. Essa história é bem criativa. Muito loka
Onde você achou está? Ou foi você quem escreveu?
a casa é sem fim e o post também
Uma creepy que traz meu tema favorito, a insanidade! Ah, adorei ela!
Realmente a melhor creepypasta que eu já li! O site está de parabéns!
GENIAL. Imagina um filme com isso cara? Se bem feito, seria um dos melhores, sem sacanagem.
Quase nunca comento nada aqui no medo , so fico acompanhando msm mas essa creepy sensacional parabéns JM muito muito irada'
So tive uma coisa a dizer sobre o 10 na porta
MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA MERDA.
Na minha opinião, a casa tem fim sim, e acabou no quarto número 9. Mas a experiência, o medo, a insanidade dele faz com que ele ache que ainda vai continuar. Por isso se chama a casa sem fim. A casa tem um fim, mas na imaginação dele (por estar insano agora) faz com que ele pense que ainda tem mais, pra sempre...
porra, quer história curta lê tres porquinhos
nenhum dos dois conseguiu.. ninguém sai, por mais que você saia da casa, a casa não sai de você.. ou seja, voce saiu de dentro daquela casa, mas o terror, as coisas que voce viu la, as coisas que te perseguiram la, nao saem mais, vão transformar a sua vida num inferno
nenhum dos dois conseguiu.. ninguém sai, por mais que você saia da casa, a casa não sai de você.. ou seja, voce saiu de dentro daquela casa, mas o terror, as coisas que voce viu la, as coisas que te perseguiram la, nao saem mais, vão transformar a sua vida num inferno
não tem explicação, é pra mexer com a nossa imaginação, o ruido é o que vc quiser que seja
Parabéns a quem enviou, pela tradução, e ao MedoB por postar esta história..
Gostei muito dela, uma Creepypasta muito bem escrita... me fez imaginar cada situação e tudo mais.. [Eu também acho que se sofresse algumas pequenas adaptações daria um bom filme, né não?].. Porém algumas dúvidas ficaram na minha cabeça, não sei se foi intencional.. ou se ao escrever uma história tão grande kk, o autor não se deu conta de algumas coisas, mas:
- Apesar do nome da casa ser "Sem fim"... no inicio dizia claramente, .."você precisa passar por NOVE cômodos no total." [independente se era verdade ou não] ...Também afirma no texto que Peter tinha tentando o desafio, mas FALHOU.. se alguém [sem fantasiar muito, por favor kk] puder me explicar:
1- Se o dez na porta riscado seria apenas o número de sua casa, ou uma alucinação de seu subconsciente, o que nos faz pensar que ele ficou louco, ou talvez esteja alucinando pelo efeito de alguma droga lançado pela fumaça de um dos quartos inicias... Ou se era realmente uma nova porta? O que contradiz o inicio onde "NOVE cômodos no total." seria uma mentira, e me faz pensar que aquela casa realmente é um ciclo sem fim? E que talvez o dez significa que a próxima porta é a dimensão de volta a vida real [onde ele vai ter que conviver com esses pesadelos?..] ou algo que relacionasse o real com o irreal [tipo a porta oito] ou algo confuso do gênero? kkk...
2- Peter teria entrado na casa? Ou só teve a ilusão de ter entrado? [devido ao fato de ser um drogado] Se entrou, ele continuava lá dentro? Se sim.. como ele teve contato com David? David também estava na mesma dimensão que ele? ou Peter foi transportado para a dimensão humana e logo, David estaria dentro da casa antes mesmo de ter entrado? ...Ou talvez sendo mais racional kkk , Peter [acostumado com o efeito das drogas] pode ter se recuperado mais rápido da fumaça dos quartos iniciais e ter saído da casa após certo tempo [5 semanas*]?
Desculpe o texto enorme.. é que eu fiquei um pouco curioso haha Enfim.. o texto em si é ótimo e se não fosse por aquele pequeno detalhe do "Nove Cômodos" [até desconsideraria a confusão toda do Peter na história kk..] o final seria o melhor esperado por mim..[talvez eu só precise ler mais uma vez]
Eu sempre acompanho o blog sem postar comentários, mais essa creepy mereceu! Com certeza esta no top das 3 melhores *-* muito boa meeeeeeesmo!
Foi a melhor creepy que eu ali aqui, não sou de comentar em canto nenhum, mas essa merece meus parabéns! Boa demais!
caro... eu axo q existe "9 cômodos" pra q as pessoas q aceitem o desafio acreditem q existe um fim, como tudo no mundo!!
talvez ele ainda esteja na casa (é o q eu acho, q ele nunca mais vai sair dela)!! ou talvez ele esteja realmente em casa, isso q faz o terror o desconhecido!!
talvez o amigo dele esteja morto, ou simplesmente, conheceu um cara q entrou e não saiu... qm sabe ele não é a própria gerência!!^^
lembre-se sempre... o desconhecido gera o terror!!
CARALHO! Que creepy grande da porra!
Eu li de manhã e com uma tremenda dor nas costas, mas mesmo assim deu aquela sensação de "o que estará atras da porta?"
Muito boa mesmo :)
"ri quando vi um pequeno 10 gravado na madeira." PQP! kkk
Muito boa, tava com saudades de uma creepy como essa :)
Hmm... sei... ratos, não é?
Cuidado com esses... ratos.
melhor creepy que ja li!!!!
pelo que entendi ele ficou refem da casa eternamente.
OMG eu preciso saber oq há na porta 10...a história é mto fóda...eu preciso mto saber
Nossa! Eu nunca postei aqui, mas... Essa Creepy mereceu! Muito boa!
NOT BAD =D
PQP! Que históri daora to até meio cego de tanto ler aqui quase sem piscar emoção vai a mil socorro! Perfeita, ótima excelente cara!! Ela mexe com você e faz você ficar meio psicótico junto com a cara *_*
Hahahaha ... ratos so estão na nossa mente...
ratos.. ratos
q idiotice... povo escroto hj em dia n
se pode nem dar a opinião q vem um cavalo desses.
ta qrendo se mostrar revoltada? vá se fuder
Nem sempre a intenção da história é fazer vc
sentir medo , e sim ver o medo dos outros
e viver uma aventura ( só minha opinião ) '-'
Véey... n sei '-'
Mais repara.... Casa sem fim , foi tipo BURRICE dele
acreditar que a casa só ia até o quarto 9.
Ela é sem fim , "sua eterna gerencia" lol
Só n entendi ainda se ele vai ficar na casa
ou se ele sai e fica perturbado para sempre ...
q? KKKKKKKKKK vei nada a ver
Esta creepypasta está quase virando o "enigmas do medo" de tantos mistérios deixados no ar...e enquanto lia acho que me envolvi tanto que realmente ouvi um zumbido no meu quarto!
Caraca mano, sem palavras, uma das melhores Creepy Pasta que ja li, e tipo se vc analisar a própria creepy se caracteriza pelo seu nome "Sem Fim" não existe realmente um fim, pois ainda encontra a porta 10, mt show, e mt "Enigmático" eu pensei em voltar e ler de novo, ver algo que não prestei atenção, mas melhor deixar assim eshueshseu, curti demais!
Pensa bem, ele "escreveu" essa história, então ele deve ter saído da casa.. O n° 10 pode simplesmente ser o n° da casa dele, ou suas alucinações de infância voltaram devido a psicose vivida na casa. REALMENTE MUITO FODA ESSA HISTÓRIA!
Nossa veío....
Quando li aquela parte que o carinha tinha que matar o outro eu pensei: "Pronto! Jogos mortais!" kkkk.
Cara o pior é quando vc ler uma historia, vc fica olhando para atras vendo sem tem alguma coisa D;
Muito, muito bom.
Ótimo roteiro para um filme...
concordo com o Mark...seria mais lógico se a próxima casa tivesse um número 10 (ou qualquer lugar que ele procurasse se abrigar, um hotel, uma pensão). Poderia passar a idéia que a casa sem fim queria que ele continuasse...
Ótima creepy, li mais de uma vez e indiquei á várias pessoas.
roteiro pra LIVRO, FILME O QUE QUISER, PARABÉNS RAPAZ, ESSE FICOU DOS FÉRAS !!!!
ei li 2 vezes de tão bom qe achei kkk deveriam fazer um filme! kkk
éééé´meeerrrmoo pode seer
Isso com certeza daria um ótimo filme! Consegui imaginar tudo o que ele fez , foi incrível ler esse texto *--*
Pior é que eu pensei em como seria essa creepypasta se fosse um filme seria mais ou menos como o filme quarto 1408
verdade queria que tivesse continuação!
eu tbm tava sem vontade de ler a história toda mais depois fui lendo e quando percebi ja tava no final!
Uau ! Te prende de uma forma.. cada detalhe '-' fiquei me imaginado na pele do David ... Um dos MELHORES realmente! PARABÉNS MEDOB ;D muito bom
[2]
A décima porta é o inicio de Sillent Hill The Room! auehueehuhu
Fantástico!
E o fato do texto sem bem comprido, só ajudou a deixar a história melhor! Gosto muito das creepypastas, porém acho que algumas acabam muito rápido! :/ hahaha
A narração, o terror psicológico, os detalhes de cada sala... A descrição dos cenários foram ótimos, deu pra se sentir na pele do cara!
Demais!
Nossa... essa superou tipo... TODAS as outras creepies já postadas. Detalhes fodas, senti uma angustia danada enquanto lia, sabe? Um aperto no peito, deu pra sentir de verdade a criatura respirando na minha nuca, a dor que ele sentia ao ter que passar por todos esses "desafios"... foi ultra bizarro, mas foi surreal. Uma das melhores experiências de leitura que já tive na vida. Parabéns e obrigado, MEDOB, por nos proporcionar algo tão foda e aterrorizante!
Parabens,esse foi simplesmente o post mais foda da história de todos posts fodas do mundo kkkkkk,esse concerteza deveria virar um livro ^^
Parabens,esse foi simplesmente o post mais foda da história de todos posts fodas do mundo kkkkkk,esse concerteza deveria virar um livro ^^
essa historia seria perfeita para a criação de um anime.um anime com temporadas pekenas assim como another e uma temporada a cada dez portas e 2 episodios por porta seria mto loko
esse me deu sérios arrepios;.... mto bom
Posso dizer que foi a melhor creepypasta que eu já li. É tão boa que eu salvei no meu computador. Nenhuma me deu tanto medo quanto essa. Curti demais, principalmente agora que eu tô precisando de 500 reais, hahaha.
"Apesar do nome da casa ser "Sem fim"... no inicio dizia claramente, .."você precisa passar por NOVE cômodos no total." [independente se era verdade ou não] ...Também afirma no texto que Peter tinha tentando o desafio, mas FALHOU.. se alguém [sem fantasiar muito, por favor kk] puder me explicar
1- Se o dez na porta riscado seria apenas o número de sua casa, ou uma alucinação de seu subconsciente, o que nos faz pensar que ele ficou louco, ou talvez esteja alucinando pelo efeito de alguma droga lançado pela fumaça de um dos quartos inicias... Ou se era realmente uma nova porta? O que contradiz o inicio onde "NOVE cômodos no total." seria uma mentira, e me faz pensar que aquela casa realmente é um ciclo sem fim? E que talvez o dez significa que a próxima porta é a dimensão de volta a vida real [onde ele vai ter que conviver com esses pesadelos?..] ou algo que relacionasse o real com o irreal [tipo a porta oito] ou algo confuso do gênero? kkk..."
Sim, o nome é Sem Fim porque a casa é realmente sem fim, mas "tem nove cômodos" e 500 reais como prêmio para tentarem as pessoas, provavelmente. Não foi por isso que o David topou o desafio? Ele não pensou "Opa, 9 cômodos por 500 reais? Consigo facinho"? É o que qualquer pessoa pensa. Olha só, considerando que o personagem não sabia que a Casa Sem Fim era MESMO sem fim e não só um nome de uma casa de terror qualquer, para ele Peter não havia aguentado e saiu da casa pela porta da frente, tranquilamente, sem ter o problema de tal porta ter sumido ou não. Mas isso foi uma suposição dele, creio que Peter foi até o fim, como ele, e acabou, sei lá, ficando preso na décima porta, ou então Peter morreu lá e a casa criou um espírito dele, convidando David para se aventurar também... IDK, só sei que é bem improvável que tenha, na fumaça, algum tipo de droga.
"2- Peter teria entrado na casa? Ou só teve a ilusão de ter entrado? [devido ao fato de ser um drogado] Se entrou, ele continuava lá dentro? Se sim.. como ele teve contato com David? David também estava na mesma dimensão que ele? ou Peter foi transportado para a dimensão humana e logo, David estaria dentro da casa antes mesmo de ter entrado? ...Ou talvez sendo mais racional kkk , Peter [acostumado com o efeito das drogas] pode ter se recuperado mais rápido da fumaça dos quartos iniciais e ter saído da casa após certo tempo [5 semanas*]?"
Acho que Peter entrou sim, senão ele não teria ficado tão aterrorizado quando contou a David sobre a casa e ele decidiu entrar. Qualquer pessoa pensa que a casa é só uma casa boba qualquer, sem nenhum "wow" ali. E, volto a afirmar, não creio que tenha algo a ver com a droga. Talvez o autor só enfiou droga no meio da creepypasta porque assim o David poderia pensar que todo esse medo de Peter é porque ele tava muito doidão quando entrou na casa sem fim.
Uau, falei demais, isso é o que eu acho. Tchau.
Eu acho que o amigo dele, avisou ele enquanto estava no quarto 7 (onde a pessoa "voltava pra casa") ele chegou, contou do David sobre a casa, e só depois percebeu que ainda estava nela e seguiu sua jornada sem fim. ótima História!!
Pra mim, depois q ele terminou e saiu da casa.
Ele ficou louco, n sabia mais oq era a realidade.
A porta 10, pra mim, foi a criação da mente dele.
muito bom, adorei, queria continuação
Eu acho que o número da casa dele sempre foi o nº10, não é à toa que ele que ele riu... pelo fato de saber que ali sempre existiu o n° 10, do contrário ele não teria contado esta história. Uma vez que ele é o NARRADOR/PERSONAGEM.
Eu acho que o número da casa dele sempre foi o nº10, não é à toa que ele que ele riu... pelo fato de saber que ali sempre existiu o n° 10, do contrário ele não teria contado esta história. Uma vez que ele é o NARRADOR/PERSONAGEM.
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